A
Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) assumiu hoje que fez alterações
linguísticas na lei de limitação de mandatos autárquicos, justificando o
ato com as regras de revisão aceites na publicação de diplomas no
Diário da República (DR).
Numa nota enviada à agência Lusa, a INCM
adianta que a lei, após publicação, "não foi retificada pela Assembleia
da República, pelo que deve ter havido concordância do então gabinete
da Presidência da Assembleia da República na redação publicada em Diário
da República".
A INCM, que edita o DR, refere que, no caso em
apreço, "não estando identificada a Câmara ou a Junta, deve utilizar-se a
menção genérica do titular do cargo, ou seja, 'o Presidente de Câmara'
ou 'o Presidente de Junta'".
* A língua portuguesa é assim....
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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
22/02/2013
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HOJE NO
"A BOLA"
«Não vale pena ladrarem, porque ainda
não aprenderam a ser cachorros»
- Alberto João Jardim
Um grupo de
manifestantes apupou o presidente do governo regional da Madeira,
Alberto João Jardim, que esta sexta-feira visitou no Funchal a nova sede
da Associação de Escuteiros de Portugal.
Os contestatários insultaram o líder do executivo regional, a quem chamaram, entre outros nomes, «gatuno».
À saída o mesmo grupo continuou os insultos mas levou uma resposta de Jardim, que já estava no interior de uma viatura: «Não vale pena ladrarem, porque ainda não aprenderam a ser cachorros.»
À saída o mesmo grupo continuou os insultos mas levou uma resposta de Jardim, que já estava no interior de uma viatura: «Não vale pena ladrarem, porque ainda não aprenderam a ser cachorros.»
* Uma "jumentice" que não espanta
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Consumidores pedem facturas
em nome de Passos Coelho
Trata-se de uma forma de protesto, depois da sugestão feita pelo movimento cívico Revolução Branca. Dados do primeiro-ministro circulam em SMS, emails e nas redes sociais.
O feitiço virou-se contra o feiticeiro. Em protesto contra a nova
legislação que penaliza com multas até 2000 euros quem não pedir
facturas, muitos consumidores começaram a pedir facturas com o número de
identificação fiscal de Pedro Passos Coelho. Os dados do
primeiro-ministro estão a ser divulgados em SMS e emails que se tornaram
virais. As redes sociais estão a propagar o protesto.
Segundo o Correio da Manhã,
deram entrada no sistema e-factura "milhares de facturas" com o número
de contribuinte do primeiro-ministro, passadas em restaurantes,
cabeleireiros e oficinas de automóveis – totalizando milhões de euros em
despesas. Foi o movimento cívico Revolução Branca que primeiro sugeriu,
nas redes sociais, uma "desobediência cívica irónica" dos contribuintes à nova medida, através do pedido de facturas em nome de Passos Coelho.
O
número de contribuinte do primeiro-ministro não é, contudo, o único que
está a ser difundido através das redes sociais. Também o NIF dos
ministros Vítor Gaspar e Miguel Relvas estão a ser divulgados e
partilhados no Facebook e no Twitter com a sugestão de que sejam usados
para o mesmo fim.
Ao semanário Sol,
Amândio Alves, do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, explicou
que a nova medida aumenta o risco de fraudes, como está a acontecer
neste caso: “O comerciante põe o NIF que lhe é dado pelo consumidor
final e não tem competência para fiscalizar se o número pertence, de
facto, àquela pessoa.” A lei obriga-os apenas a emitir factura com os
dados que lhe forem fornecidos.
Um especialista em direito fiscal contactado pelo Sol
alertou para o facto de pedir facturas em nome de outra pessoa
configurar um “crime de falsas declarações”. Tiago Caiado Guerreiro
sugeriu antes uma outra forma de protesto, mais simples: não pedir
facturas.
Em teoria, Passos Coelho pode até ser investigado pelas
Finanças, por ter gasto um valor superior aos seus rendimentos. Vários
serviços do Fisco contactados pelo Correio da Manhã – que dizem
estar a par do que se está a passar – admitiram a possibilidade de o
primeiro-ministro poder vir a ser alvo de uma investigação das Finanças,
uma vez que existem “mecanismos de fiscalização automáticos que
disparam quando um contribuinte gasta em facturas mais do que aquilo que
declara como rendimento”.
Em Janeiro a emissão de facturas passou
a ser obrigatória e as multas para os contribuintes que não respeitem a
medida podem ir até aos 2000 euros. Uma medida que tem sido muito
contestada. Já ninguém se esquece do que escreveu Francisco José Viegas, ex-secretário de Estado da Cultura, a esse respeito.
* O povo tem graça...
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Figo diz que confiou em Sócrates
como milhares de portugueses
Ex-futubolista diz que tinha interesse em conversar com José Sócrates para saber o que "ia acontecer" ao BPN e ao BPP.
O futebolista Luís Figo recusou hoje a ideia de que o contrato de 750
mil euros, que assinou com o Taguspark, tenha sido uma contrapartida
pelo apoio público que deu a José Sócrates, em vésperas das eleições legislativas de 2009.
Questionado pelo procurador Luis Eloy, sobre a possibilidade de ter
vislumbrado "relações perigosas" entre os dois factos, Luís Figo
respondeu que não lhe cabe pensar se há ou não "coincidência",
garantindo que o apoio que deu a José Sócrates foi como "cidadão" que se
interessa pelo rumo do país.
Falando como testemunha, por videoconferência, a partir de Itália,
Figo revelou que foi alguém do gabinete do então primeiro-ministro que
entrou em contacto com o seu empresário Miguel Macedo, para discutir o
apoio a Sócrates. Lembrou a propósito que, anteriormente, também apoiara
Jorge Sampaio.
Luís Figo precisou que, inicialmente, lhe tinha sido proposto que
aparecesse "a correr ao lado de José Sócrates" ou, em alternativa, num
"comício" com o então primeiro-ministro, mas que preferiu algo mais
"discreto", que se traduziu numa conversa tranquila durante
um pequeno-almoço.
Instado pelo procurador a afirmar se há almoços grátis - neste caso,
pequenos-almoços -, Figo reiterou que depositava confiança política em
Sócrates, como fizeram muitos milhares de portugueses que votaram nele.
Com isto, sublinhou que o seu apoio foi desinteressado.
O ex-futebolista revelou que também tinha interesse em conversar com
José Sócrates para saber o que "ia acontecer" ao BPN, onde era credor, e
ao BPP, de que era cliente, notando que outras questões foram alvo de
conversa.
Quanto às negociações para a assinatura do contrato de cedência de
imagem à Taguspark, revelou que o encontro com o arguido Rui Pedro
Soares ocorreu em Milão, mais precisamente no hotel onde a sua equipa de
então, o Inter, estava a estagiar.
Assegurou que "não falou de política" com Rui Pedro Soares, tanto
mais que este era administrador da PT e desconhecia que o ora arguido
tivesse alguma ligação a partidos, designadamente ao PS.
Luís Figo indicou ainda que, inicialmente, estava previsto que o
treinador José Mourinho também entrasse no mesmo tipo de campanha
publicitária que era pretendida pelo Taguspark, mas que, por razões que
desconhece, a participação do actual treinador do Real Madrid não se
efectivou.
Luís Figo disse não saber precisar em que ano conheceu Rui Pedro
Soares, mas lembra-se que ele esteve presente numa reunião que manteve
com a direcção da PT, onde também estiveram Henrique Granadeiro e outros
quadros daquela empresa.
Segundo Luís Figo, esta reunião serviu para discutir a estratégia
promocional da PT em África, onde o futebol é muito importante, tendo
participado, igualmente, o treinador Carlos Queirós, o guarda-redes
Vítor Baía (FC Porto) e o avançado Rui Costa (Benfica).
Rui Pedro Soares, João Carlos Silva, antigo administrador do pólo
tecnológico de Oeiras, e Américo Tomati, à data administrador não
executivo do Taguspark, estão a ser julgados pelo crime de corrupção
passiva para acto ilícito, relacionado com as contrapartidas que o
Taguspark terão dado a Luís Figo para este apoiar a campanha de José
Sócrates, nas eleições de 2009, em que o PS triunfou.
* Também não há pequenos almoços grátis....
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LEONETE BOTELHO
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IN "PÚBLICO"
20/02/13
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Grândola viral
Os protestos dispersos que recebem governantes ao som de Grândola Vila Morena
contêm em si a semente do incontrolável. Já não são organizados com
antecedência, nem por uma estrutura conhecida e previsível. Não. Têm o
poder atómico e viral da Internet, porque se reproduzem em átomos
múltiplos, dispersos e imprevisíveis. De boca em boca, de ecrã em ecrã,
usando apenas o poder da palavra, da rede e da imaginação.
É por isso que o Governo
está tão preocupado. Como se controla uma manifestação assim? Não se
controla. Uma só voz que se levante numa sala cheia tem a capacidade de
criar um coro que cala quem está habituado apenas a ser ouvido. Agora é o
cidadão comum que quer ser ouvido.
Podemos tentar encontrar
razões para estes protestos, mas parece um exercício inútil. Não estamos
todos a viver neste país neste momento? Não sabemos todos o ponto em
que estamos, mesmo que sejam diversas as opiniões sobre as causas e as
consequências?
Como se controlam manifestações avulsas,
espontâneas e desenquadradas politicamente? Não se controlam. Evitam-se.
Não fechando as portas dos palácios, porque elas não serão suficientes
para conter a indignação. Nem evitando os contactos com as pessoas,
porque a sua voz virá sempre pelas ondas hertzianas e electrónicas.
Os
políticos têm agora de aprender a falar uma linguagem de dois sentidos:
falar como quem sente e ouvir como quem aprende. Reconhecer. E terão de
o fazer depressa. Ou ainda vão ter saudades das manifestações em que se
atiravam pedras. Contra essas, bastonada basta.
20/02/13
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
General Loureiro dos Santos
manifesta preocupação
"Descaraterização da condição militar"
O general Loureiro dos Santos manifestou, em representação de oficiais-generais e superiores, na reserva e na reforma, dos três ramos militares, "profunda preocupação" com o futuro das Forças Armadas, dizendo temer a sua "desarticulação”.
Numa nota escrita que leu à imprensa, o antigo chefe do Estado-Maior do Exército advertiu para o risco de tornar as Forças Armadas "incapazes de satisfazer as necessidades de defesa do país" e também para a "descaraterização da condição militar".
O COMANDANTE EM CHEFE E O NOVO GADGET MILITAR |
O também ex-ministro da Defesa falava a meio de um jantar no Centro de Congressos de Lisboa, numa declaração sem direito a perguntas e que será a única declaração pública no âmbito desta iniciativa.
"Oficiais-generais e oficiais superiores da Marinha, do Exército e da Força Aérea retirados do serviço ativo, entre os quais vários ex-chefes do Estado-Maior, reunidos em Lisboa e no Porto, mostraram-se profundamente preocupados com o futuro próximo das Forças Armadas Portugueses, temendo a sua desarticulação, acompanhada da descaraterização da condição militar", afirmou.
Loureiro dos Santos sublinhou no entanto que, "pelo sentido patriótico e de atenta responsabilidade", os militares "reafirmam a sua inteira disponibilidade para continuar a servir Portugal dentro das suas possibilidades e limitações, independentemente da direção política que resulte do regular funcionamento das instituições democráticas".
* As necessidades de defesa do país passam 10% pelas forças armadas portuguesas, o problema do generalato está na possibilidade de perda de regalias e na manutenção de vagas para as altas patentes.
* As necessidades de defesa do país passam 10% pelas forças armadas portuguesas, o problema do generalato está na possibilidade de perda de regalias e na manutenção de vagas para as altas patentes.
Em matéria de defesa quem manda em Portugal é a NATO que também oferece alguns tachos e permite negociatas a troco do país perder independência militar.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Relato de jovem sobre carências sociais emociona Reding
A vice-presidente da Comissão Europeia (CE) Viviane Reding declarou-se hoje "muito emocionada" com o quadro que uma jovem traçou da situação social em Portugal, designadamente entre os estudantes mais carenciados do ensino superior.
"Fico muito emocionada quando me
diz estas coisas", disse, quando Alda, uma aluna da Universidade de
Coimbra (UC), interpelou a comissária da Justiça sobre o papel que
caberá à CE desempenhar neste domínio.
Durante o debate com
cidadãos na Sala dos Capelos da Universidade, Viviane Reding já tinha
afirmado, pouco antes, que a atual crise, tanto na Europa, como em
Portugal, "é uma questão de anos" até que a situação normalize.
Alda
fez um "relato preocupante" da situação dos jovens de famílias
atingidas pelo desemprego e pobreza, realçando os cortes do Governo nas
dotações financeiras para os serviços de apoio social, com redução
significativa do número de bolsas de estudo, "casos de fome" e a
degradação física de residências universitárias, havendo mesmo algumas
que são "visitadas" por ratos.
"Cem estudantes abandonam todos os
dias o ensino superior", alertou, ao responsabilizar a 'troika'
internacional pelo agravamento da situação social em Portugal.
Admitindo
que divergia da universitária em termos de opinião, Viviane Reding
disse que "a Europa pode apenas ajudar", mas não "interferir no
pagamento de bolsas", por ser uma competência do Governo nacional.
"A 'troika' é apenas um organismo analista" que não toma decisões políticas, disse.
A
vice-presidente da Comissão Europeia criticou os investimentos
realizados, há uma década, na construção de estádios de futebol que têm
atualmente reduzida utilização.
Viviane Reding afirmou ter passado na quinta-feira, na viagem entre Porto e Coimbra, por "quatro estádios que estão vazios".
"O
facto de Portugal ter regressado aos mercados dá-me esperança", disse,
ao pedir "mais tempo" para o programa de ajustamento económico e
financeiro produzir efeitos na economia portuguesa.
* A emoção é sol de pouca dura, importante é o tacho que ocupa e os benefícios próprios. Fome e ratos não são da sua competência.
Vale a coragem da estudante.
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HOJE NO
"RECORD"
Corta-mato vai juntar 900 alunos
A conferência de imprensa de apresentação das provas do Corta-Mato
Nacional do Desporto Escolar realizadas em paralelo com o Campeonato
Nacional de Corta-Mato Curto e do Desporto Universitário realiza-se no
próximo dia 25, pelas 15 horas, na Praça da Canção, em Coimbra, cidade
do desporto e cidade jovem, que se irá afirmar, uma vez mais, como uma
grande anfitriã capaz de acolher grandes eventos desportivos.
Dos
300 mil participantes das fases escola e concelhia, chegamos agora aos
cerca de 900 alunos que nos escalões de iniciados e juvenis, femininos e
masculinos, vão disputar individualmente e por equipa de escola, o
título Nacional em representação das cinco regiões educativas do país.
Nesta
conferência de imprensa vão estar presentes representantes do
Ministério da Educação e Ciência, o Vereador do Desporto da Câmara
Municipal de Coimbra, Dr. Luís Providência, o presidente da Federação
Académica do Desporto Universitário, Dr. Bruno Barracosa, e a atleta
olímpica Susana Feitor que irá estar na qualidade de diretora da
Federação Portuguesa de Atletismo.
Igualmente confirmado está o
atleta Mário Teixeira, que já ocupou todos os lugares no pódio no
crosse nacional e que é desta feita, o padrinho do Corta-Mato Nacional
do Desporto Escolar.
A organização do evento está a cargo da
Direção-Geral da Educação - Divisão do Desporto Escolar e da
Direção-Geral dos Estabelecimentos de Ensino – Direção de Serviços da
Região Centro, em parceria com a Federação Portuguesa de Atletismo e a
Federação Académica de Desporto Universitário, contando ainda com o
apoio da Câmara Municipal de Coimbra.
* É fundamental o desporto escolar, será que o Mestre exportador de jovens sabe disso???
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Processo sobre limitação de
mandatos está "inquinado" e "podre",
diz Paulo Morais
O vice-presidente da associação "Transparência e Integridade", Paulo Morais, considerou, esta sexta-feira, que o processo sobre a limitação de mandatos está "tão inquinado" e "podre" que só resta aos partidos "clarificarem toda esta trapalhada".
"Este é um processo tão inquinado, com tanta confusão, não só interpretativa como agora pelos vistos até de retificação do texto, que já só resta uma solução aos partidos, que é em sede parlamentar clarificarem toda esta trapalhada", afirmou à Lusa o também ex-vice-presidente da Câmara do Porto.
Paulo Morais reagia assim à notícia de que a Presidência da República detetou "um erro de publicação" da lei que determina a limitação de mandatos autárquicos.
O dirigente da associação disse mesmo ser "esquisitíssimo" que numa legislação com oito anos "só agora é que detetam uma gralha".
"Isto é o ponto zero do estado de direito democrático", assinalou o ex-autarca do Porto para quem "os senhores que elaboraram esta legislação têm que se justificar".
"Isto já está tão confuso, tão inquinado e tão podre -- para usar uma palavra desagradável -- que penso que o ideal é o Parlamento de uma vez por todas dizer o que pretende com a legislação de limitação de mandatos autárquicos, se é que pretende alguma coisa", frisou.
A entidade que dirige apresentou porém requerimentos nos tribunais Administrativo e Fiscal do Porto e Lisboa que visam "inibir" as candidaturas autárquicas a quem já tenha cumprido três mandatos noutros concelhos.
Paulo Morais disse ainda que "ao presidente da República não chega dizer que há um texto que está errado na lei há oito anos e que ninguém se tinha lembrado" e que Cavaco Silva deve explicar se este é "o único caso na legislação em que há gralhas, erros ou omissões".
Também o Movimento Cívico Revolução Branca considerou, esta sexta-feira, "insólita" a deteção de um erro na publicação da lei que determina a limitação de mandatos autárquicos e disse que "social e juridicamente é absurdo que um alegado erro duma lei esteja encoberto durante oito anos".
"É uma clara manobra para tornar obscuro o que era claro, mas que não pode tolher o espírito que o legislador teve ao ter aprovado uma Lei de Limitação de Mandatos dos Órgãos executivos das Autarquias Locais: evitar a continuação infinita no poder daqueles que são eleitos para evitar a corrupção que tal provoca", refere comunicado do movimento.
Para o movimento cívico, que viu aceites as providências cautelares que apresentou contra as candidaturas de Seara a Lisboa e Menezes ao Porto, a descoberta pela Presidência da República foi "oportuna" e Portugal "está de luto".
"Isto é uma prova evidente da incompetência que reina diariamente neste país", assinalou o presidente do movimento, Paulo Romeira.
A Presidência da República detetou "um erro de publicação" da lei que determina a limitação de mandatos autárquicos, segundo uma carta enviada, esta sexta-feira, por Assunção Esteves aos grupos parlamentares a que a Lusa teve acesso.
"Na verdade, o Decreto que foi enviado do Parlamento para promulgação pelo Presidente da República, e assim promulgado, contém sempre nos seus artigos as expressões 'Presidente da Câmara Municipal' e 'Presidente da Junta de Freguesia', ao passo que a Lei publicada substitui estas expressões por 'Presidente de Câmara Municipal e 'Presidente de Junta de Freguesia'", explicita Assunção Esteves.
A Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) assumiu, esta sexta-feira, que fez alterações linguísticas na lei, justificando o ato com as regras de revisão aceites na publicação de diplomas no DR.
A INCM adianta que a lei, após publicação, "não foi retificada pela Assembleia da República, pelo que deve ter havido concordância do então gabinete da Presidência da Assembleia da República na redação publicada em Diário da República".
A INCM, que edita o DR, refere que, no caso em apreço, "não estando identificada a Câmara ou a Junta, deve utilizar-se a menção genérica do titular do cargo, ou seja, 'o Presidente de Câmara' ou 'o Presidente de Junta'".
* Cada vez mais se percebe que os nossos deputados são hábeis em redigir leis com várias omissões para assim poderem usá-las a seu belo prazer quer através do que está escrito, mas fundamentalmente aproveitando as lacunas.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Os consumidores estão a mudar mas
os empresários não os acompanham
As empresas continuam a aplicar soluções
tradicionais para satisfazer as necessidades modernas. Quem perde é o
consumidor. Mas principalmente as empresas, que não o compreendem.
Os consumidores estão a mudar mas as
empresas não têm capacidade para aproveitar essas alterações em seu
benefício, conclui um estudo da Accenture.
83% dos entrevistados que responderam ao relatório intitulado “Energizing Global Growth”
indicaram que reconhecem que a mudança dos hábitos do consumo é uma
oportunidade, mas uma percentagem idêntica (80%) diz que as empresas não
estão a aproveitar essas oportunidades.
“As empresas precisam de estar um passo à frente do consumidor para
serem bem-sucedidas no mundo. Muitas empresas vão admitir que estão um
passo atrás”, comenta, no mesmo estudo, Mark Spelman, director na
Accenture.
Um dos problemas apontados no estudo da consultora é a de que as
empresas tentam “aplicar modelos de negócios tradicionais a uma
realidade mais complexa e mais fragmentada”. Essa não é a forma de
conseguir crescer em economias desenvolvidas com um crescimento lento ou
em economias emergentes que mostram sinais de abrandamento. Porque a
economia pode não crescer, mas os hábitos de consumo mudam à mesma.
“As empresas precisam de perceber as tendências de consumo emergentes
e, depois, investir selectivamente para estimular o crescimento e o
consumo. Os governos têm aqui um papel a desempenhar. Devem criar, de
uma forma activa, a infra-estrutura e o ambiente político necessários
para dinamizar a actividade empresarial nesta nova era”, comenta, no
mesmo documento, Mark Spelman.
Uma das soluções é, segundo a Accenture, investir em ferramentas
analíticas para que as alterações dos hábitos de consumo sejam avaliadas
e a empresa possa aproveitá-las para proveito próprio, dado que,
actualmente, isso não acontece. Isto apesar de as firmas reconhecerem
que as mudanças estão a acontecer. É essa componente de análise que vai
permitir, entre outros, perceber o “porquê” e o “como” do consumo. Estas
são duas das novas variáveis que as empresas têm de fazer para
perceberem os consumidores, que se juntaram aos tradicionais “onde” e
“quem”.
* As empresas para compreenderem a mudança de hábitos de consumo dos portugueses têm de gastar dinheiro, muitas não o fazem, outras estão tesas.
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HOJE NO
"i"
Ministro da Economia diz que o país
“não é amigo das empresas”
O ministro da Economia defendeu hoje que “o país não é amigo do
investimento nem das empresas”, e que é preciso travar uma “guerra à
burocracia” para fomentar o crescimento económico.
Sem abordar o agravamento das condições macroeconómicas hoje
previstas para Portugal pela Comissão Europeia, Álvaro Santos Pereira
discursava em S. João da Madeira como convidado da Distrital de Aveiro
do PSD, no âmbito das II Jornadas sobre Consolidação, Crescimento e
Coesão.
“O nosso país não é amigo do investimento nem amigo das empresas”,
afirmou o ministro. “Dificultamos a vida aos nossos empresários e,
quando o fazemos, obviamente não temos investimento como devíamos ter”.
Álvaro Santos Pereira quer, por isso, fazer “guerra à burocracia”,
mas admite que, entre as “dezenas de medidas” que o Governo adotou nessa
perspetiva, “essas nem sempre têm a eficácia desejada”.
O ministro propõe-se agora “rever e melhorar” esses processos,
recordando que, até à chegada do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho,
“havia uma política de irresponsabilidade que tinha que ser travada e
foi mais uma vez o PSD que teve a coragem de implementar uma série de
reformas”.
Hermínio Loureiro, que integra o Conselho Nacional do PSD e preside à
Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, reconhecera pouco antes, no
mesmo evento, a pertinência de algumas das medidas adotadas pelo
Governo, repetindo também a ideia de que “era preciso coragem para fazer
essas reformas”.
O social-democrata elogiou o trabalho de Passos Coelho ao nível das
mudanças introduzidas na legislação laboral, na lei da concorrência e na
lei do arrendamento, apoiando também a estratégia das privatizações,
que, na sua perspetiva, “não estão a ser feitas a qualquer custo”.
O autarca deixou, contudo, uma recomendação ao ministro: “O IRC tem
que baixar. É fundamental baixar a carga fiscal das pessoas e das
empresas, para a economia poder crescer.”
À chegada aos Paços da Cultura de S. João da Madeira, onde decorre a
sessão promovida pela distrital do PSD, Álvaro Santos Pereira foi
recebido às 21:35 por cerca de 30 manifestantes que à sua passagem
entoaram a canção “Grândola Vila Morena”.
Entre as frases que podiam ler-se nos cartazes do protesto,
incluía-se “Emigra tu!”, “Demite-te! Já chega de burrice!” e “Há 40 anos
que ninguém era identificado por cantar Zeca!”.
Mais tarde, em plena conferência, o ministro viria a admitir:
“Apesar de toda a contestação e de sabermos que estamos a tomar adotar
medidas impopulares, o sentido de responsabilidade que sempre
caracterizou este partido está representado nos seus governantes
atuais”.
* Quem não é amigo das empresas são os governos que temos tido, atirar as culpas para o país é culpar os cidadãos pelo assalto que o governo lhes faz.
* Quem não é amigo das empresas são os governos que temos tido, atirar as culpas para o país é culpar os cidadãos pelo assalto que o governo lhes faz.
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