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12.AS PUDOREZAS















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 O SECTOR PRIVADO 
NO ESPAÇO




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2.NGUIMBO A
NGUIMBO





O excepcional humor que vem de Angola


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ANTÓNIO MARINHO E PINTO

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Polícias ou pistoleiros? 

Sou dos que acreditaram que a criação de sindicatos nas polícias, mormente nas forças de segurança, iria contribuir para a sua democratização, para a sua modernização, enfim, para a criação de uma cultura de respeito pela dignidade da pessoa humana e dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Sempre acreditei que as liberdades cívicas só existem verdadeiramente nas sociedades onde esteja garantida a segurança de pessoas e bens - a segurança de todos os cidadãos, independentemente do sexo, da raça, do credo político, ideológico ou religioso, da condição social, cultural ou económica, da língua, da nacionalidade e da orientação sexual. 

Como jornalista e como cidadão, acompanhei e apoiei, desde o seu início, o processo de criação dos sindicatos na PSP, no Corpo da Guarda Prisional e na Polícia Judiciária. Lembro-me bem dos primeiros passos desses processos dados no início dos anos oitenta pelos pioneiros do sindicalismo nas polícias: o comissário Santinhos, da PSP (e as sessões quase clandestinas em alguns restaurantes de Coimbra), o inspetor Roseiro Vicente, da Polícia Judiciária e Bento Vieira, da Guarda Prisional. 
Desde muito novo tive a esperança de que a constituição de sindicatos nas forças de segurança iria abri-las à sociedade e à cidadania e, simultaneamente, abrir a própria sociedade às forças de segurança, fazendo com que estas e cada um dos seus membros passassem a ser olhados com respeito e com confiança pelos cidadãos em geral, e não com medo e desconfiança. Lembro-me muito bem de como na minha aldeia, nos finais dos anos cinquenta, todos, adultos e crianças, fugíamos quando alguém anunciava a vinda da Guarda, uma patrulha de dois soldados da GNR (um de cada lado da estrada) que fazia dezenas de quilómetros a pé apenas para se mostrarem e incutirem medo às pessoas. 

Hoje, tudo está mudado e, em muitos casos, para pior. E, infelizmente, as forças de segurança não conquistaram o respeito e a confiança dos cidadãos. Durante o dia, os nossos polícias amontoam-se nas esquadras ou então andam nas ruas a exibir-se com arrogância, armados até aos dentes, mais parecendo personagens de filmes de ficção do que agentes de segurança de uma sociedade democrática.
Porém, à noite fogem quase todos, para suas casas, deixando as ruas das nossas vilas e cidades abandonadas aos criminosos. E, pior do que tudo isso, em muitas situações de contacto com suspeitos de crimes as polícias atiram logo a matar com uma leviandade chocante para qualquer consciência minimamente humanista. Em cerca de dez anos, as duas principais forças de segurança - PSP e GNR - já mataram quase quatro dezenas de pessoas, a esmagadora maioria das quais em circunstâncias em que não se justificava o uso de armas de fogo, enquanto em outras ficaram muitas dúvidas sobre essa necessidade. A maioria das mortes ocorreu em situações em que não estava em causa a segurança dos polícias, mas sim quando os suspeitos eram perseguidos. Um miúdo de 14 anos foi morto durante uma perseguição policial, em condições que, segundo testemunhas, mais se aparentam com uma execução a sangue-frio do que com um ato de legítima defesa. Pessoas que não pararam em operações stop foram simplesmente abatidas pela Polícia.

As forças de segurança matam pessoas e imediatamente a seguir aparecem na comunicação social os sindicalistas respetivos a distorcer a verdade dos factos, nomeadamente, eliminando os aspetos incriminadores e realçando ou mesmo inventando circunstâncias atenuantes. Os sindicatos têm servido, sobretudo, para promover a impunidade de quem deveria ser sancionado, para misturar os bons com os maus numa argamassa corporativa que acentua o desprestígio e o sentimento de desproteção da comunidade, bem como para insultar publicamente quem denuncia essas degenerescências.

É preciso que os polícias se convençam de que ninguém se pode sentir verdadeiramente seguro numa sociedade onde as forças de segurança matam com tanta facilidade e com tanta impunidade. É urgente que todos, incluindo os polícias dignos desse nome, se mobilizem para combater a cultura de pistoleiro que tem vindo a disseminar-se no interior das forças de segurança em Portugal.

IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
28/01/13

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2.O PODER 



 DA FOME





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B - CAÇADORES
 DE MISTÉRIOS


2-JACK
O ESTRIPADOR




O imaginário que nos povoa


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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

Complicações de uma doença normal 

O caso de Mário Soares vem recordar que uma gripe pode ser mais do que febre e nariz a pingar.

Na última semana, não houve bloco noticioso que não incluísse o boletim clínico de Mário Soares. As primeiras notícias eram vagas e davam conta de uma "indisposição" resultante de uma gripe. As últimas já se referiam a uma "infeção no cérebro", consequência da mesma gripe. Além da preocupação pela saúde do ex-Presidente da República, de 88 anos, a notícia veio levantar uma questão: mas, afinal, o Influenza é assim tão mauzinho?

O grande senão do vírus da gripe são precisamente as complicações que podem surgir. Na maioria das vezes, a infeção resolve-se em três a cinco dias, com paracetamol para a febre e as dores no corpo. A sensação de cansaço ou a tosse podem prolongar-se por duas ou três semanas até a maleita não ser mais do que a recordação de uns dias passados entre a cama e o sofá.
Em alguns casos, na população mais idosa, em crianças muito pequenas, ou nas pessoas com doenças crónicas como a diabetes, insuficiência renal ou cardíaca, a gripe pode ser um caso muito sério. "As complicações mais comuns, e que levam ao internamento, são a pneumonia ou a descompensação de patologias crónicas", nota Filipe Froes, 51 anos, pneumologista e consultor da Direção-Geral da Saúde. "Na fase final da infeção viral", continua o médico, "pode haver diminuição das defesas, o que favorece o aparecimento de outras infeções."
Medo da vacina A encefalite (caracterizada por cefaleias, alteração do estado de consciência, desorientação, prostração) é, apesar de tudo, uma complicação mais rara, que escolhe idosos ou pessoas com o sistema imunitário muito debilitado. De acordo com um estudo sueco, a incidência de encefalite associada ao Influenza é de 0,21 por milhão de habitantes e de 1,5 por mil pacientes internados com gripe.
Mário Soares teve alta na segunda-feira, 21, mas o susto não terá sido suficiente para convencer os portugueses a tomarem a mais eficaz medida de contenção da gripe: a vacina. Mesmo gratuita para os maiores de 65 anos, a cobertura vacinal não chega aos 50%, nesta população de risco.
Subsistirão alguns receios, infundados, quanto à segurança da vacina. E também há a ideia generalizada de que, depois de novembro, já não vale a pena tomá-la. O que Francisco George, diretor-geral da Saúde, veio desmentir, apelando à vacinação ainda durante o mês de janeiro, uma vez que o pico da epidemia só é esperado para meados de fevereiro e a vacina tarda duas semanas a fazer efeito.
Talvez fosse igualmente importante o Ministério da Saúde mostrar que leva a gripe a sério. O que não parece ser o caso. No final de dezembro, foi encerrada, no Hospital Pulido Valente, em Lisboa, a mais bem preparada unidade de cuidados intensivos, exclusivamente dedicada à doença.

* Ainda se deve e pode vacinar

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 ARTE MUITO MODERNA





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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"

Dois quintos do continente português com problemas de muito baixa densidade 

Cerca de dois quintos de Portugal continental caracterizam-se como de muito baixa densidade, segundo um estudo realizado pelo Instituto do Território que identifica problemas diversos nestas regiões e visa servir de referência para a adoção de políticas públicas.
 O trabalho, realizado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), visou uniformizar o conceito de território de “muito baixa densidade”, com base em 15 variáveis relacionadas com os perfis territorial, demográfico, de povoamento, socioeconómico e de acessibilidade. 

O território de “muito baixa densidade” caracteriza-se como sendo “marcadamente rural, climaticamente severo, com uma população envelhecida e em perda, de povoamento escasso e disperso, funcionalmente periférico e com uma acessibilidade decrescente aos principais serviços e bens públicos, economicamente marginal e dependente de uma agricultura de subsistência e/ou das prestações sociais públicas”, segundo o estudo, coordenado pelo professor Luís Ramos, especialista em planeamento regional e ordenamento do território. O professor indicou que estes problemas foram identificados em “todo o interior e em algumas regiões que não são propriamente o litoral, mas regiões de transição”, traduzindo-se, aproximadamente, em “dois quintos” do território continental com “problemas sérios de baixa densidade, não só demográfica, mas também económica e de acesso a bens e serviços fundamentais”. No entanto, o especialista, também deputado do PSD, ressalvou que este dado “não tem o rigor de um número, mas dá uma ideia da dimensão do problema”. 

Luís Ramos explicou à Lusa que, tendo em conta as diferentes variáveis, é difícil criar um mapa final do país “a definir a baixa densidade no país, porque há territórios com problemáticas graves a nível das acessibilidades, mas nem sempre esses territórios são os mesmos que têm problemas de envelhecimento”. Este trabalho foi entregue ao gabinete do primeiro-ministro, revelou Rogério Gomes, presidente do Instituto do Território (IT), que integra a UTAD, entre cerca de 40 entidades. 

Falta agora “perceber o tipo de utilização que [o trabalho] pode ter nas políticas públicas, nomeadamente na preparação do próximo quadro comunitário de referência”, disse o professor, acrescentando que o mapa poderá “substituir o que existe atualmente, porque traduz melhor a realidade da baixa densidade, em 2013, uma vez que se baseia nos censos de 2011”. “O Governo está a analisar a proposta, no sentido de lhe dar corpo em termos de políticas públicas. 

Desde que aceite este conceito, poderá utilizá-lo na preparação do próximo quadro e outras medidas políticas, como as questões que têm a ver com uma reorganização ou o acesso aos serviços públicos dos vários territórios”, acrescentou Luís Ramos. Para o presidente do IT, as políticas públicas “não têm necessariamente de passar por mais despesa, mas por compreender que as lógicas da alta densidade não devem ser idênticas às lógicas em zonas do país onde não há o mesmo número de quadros, de empregos e de pessoas”. 

A proposta, concluiu, “tem a ver com a racionalização dos custos, garantindo que no interior não se fazem políticas de investimento que depois se traduzem em custos de manutenção incomportáveis”.

* Os governos deste país têm assobiado para o lado no que respeita ao mundo rural, com início no cavaquismo.

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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Empresa portuguesa mostrou 
posse de Obama em 360º 

O jornal norte-americano Washington Post fez uma fotografia panorâmica com um milhão de pixeis sobre a tomada de posse do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, usando uma solução tecnológica desenvolvida pela empresa portuguesa Digisfera.

Em declarações à Lusa, Manuel Cabral, um dos sócios fundadores e engenheiro de redes, com 29 anos, que regressou da Holanda para trabalhar no projecto, explicou que os espectadores com a solução tecnológica da empresa podem colocar “tags” nas fotografias e partilharem nas redes sociais a sua presença nos eventos.

Criada há dois anos, a Digisfera é o exemplo de uma empresa tecnológica portuguesa de raiz familiar, em que o pai, António Cabral, fotógrafo de profissão, se especializou em fotografia 360º, que possibilita ter uma experiência interactiva multimédia ao permitir visitar um espaço em realidade virtual, bem como em fotografia panorâmica e de alta definição, que se instalou no Tagus Parque, em Oeiras, próximo de Lisboa.

“O Washington Post contactou-nos para utilizar o nosso sistema e fez uma fotografia de alta definição (em giga pixel)", o qual permitiu ver a tomada de posse de Obama e as pessoas que estiveram a assistir, disse à Lusa Manuel Cabral. 

Ao utilizar o sistema de aplicações da Digisfera, o diário norte-americano permitiu, assim, que as pessoas pudessem ir ao seu sitio na Internet e que conseguissem também referenciar na fotografia onde tinham estado.

"Elas passaram a poder partilhar com os amigos o evento onde estiveram", sublinhou.
Após a especialização de António Cabral, o passo seguinte para que a empresa de fotografia panorâmica fosse criada teve a ver com a necessidade de "ser preciso alguém com conhecimentos na área da informática", acrescentou, por sua vez, o sócio-gerente.

“O regresso do meu filho que estava a trabalhar na Holanda, na Agência Espacial Europeia (sigla em inglês ESA), foi a mola propulsora”, regozijou-se, destacando que na altura queria fazer coisas que “ninguém tinha feito pelo menos em Portugal e criar uma empresa inovadora, a que se juntou Patrícia Amaro, designer vinda de Madrid.
O primeiro ano do processo de internacionalização “foi bom”, realçaram à Lusa os dois sócios fundadores.

No segundo ano, em 2012, a exportação já representava 35% da facturação global e a previsão para este ano aponta para que se situe entre os 45% a 50%, avançaram, tendo o jovem Manuel Cabral lembrado que “os clientes [no mercado externo] são empresas e agências de marketing internacionais que trabalham no domínio da fotografia panorâmica".
“Além dos mercados mais desenvolvidos para onde temos vindo a trabalhar, há muitos países em que esta área ainda não começou a desenvolver-se, caso da Ásia, África e da América do Sul”, frisou.
Questionado pela Lusa sobre se o negócio está a ser afectado pela actual crise, respondeu: “Quando começámos, a crise já se tinha iniciado. Por isso, eu não sei o que é ter uma empresa fora da crise”.
“O futuro passa também por aí [Ásia, África e América do Sul)], uma vez que à medida que existirem mais pessoas a trabalhar nesta área o mercado potencial vai igualmente aumentar”, salientou o jovem gestor.

O primeiro projecto internacional de grande visibilidade foi o Spot3008, utilizado em Inglaterra na campanha publicitária na Internet do Peugeot 3008 Crosover, que consistiu num jogo desenvolvido sobre uma fotografia giga pixel de Londres, na qual vinte automóveis Peugeot 3008 foram colocados em pós-produção, em diversos locais da cidade.

“O prémio para quem vencesse o jogo era uma viagem ao espaço”, gracejou Manuel Cabral.
A empresa também desenvolveu, recentemente, um projecto idêntico para um jogo de râguebi entre a Itália e os All Blacks da Nova Zelândia, que foi patrocinado pela Adidas e outro para um jogo entre o Barcelona e o Real Madrid, destinado a um sítio na Internet de um jornal espanhol.
Ainda no futebol, o Chelsea, numa tournée que fez aos Estados Unidos, também utilizou o sistema da Digisfera nos jogos efectuados naquele país.

A empresa tem estado igualmente em festivais de música, caso do Canadá, e tem em vista voltar proximamente a este país com um novo negócio na área da fotografia panorâmica o qual o sócio-gerente, António Cabral, não quis, por enquanto, revelar à Lusa.
No mercado português, a Digisfera iniciou a sua actividade há dois anos em parceria com o Turismo de Lisboa.

“Temos conseguido alguns clientes de peso a nível nacional e estamos com um projecto muito grande em mãos para a rota do românico no norte", disse.
Além disso, continuamos "a trabalhar no projecto do roteiro do fado, lançado em Novembro passado, o qual vai ter continuidade", não só aumentado as visitas virtuais, mas juntando eventos relacionados com esta música popular, concluiu Manuel Cabral.

* INTELIGÊNCIA  PORTUGUESA

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A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL
PODERÁ ACONTECER???



INQUIETANTE...

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

 Se os logótipos fossem honestos...

Se decidissem contar a verdade, o que acha que diriam os logos da Playboy ou da Apple? Veja as fotos 
 Será que Mark Zuckerberg deveria ter criado uma rede social chamada de procrastinação em vez de Facebook? Ou que os irmãos McDonald deveriam ter optado pelo nome McDiabetes em vez de McDonald's?

Provavelmente não. Afinal, nem sempre as marcas podem ser totalmente honestas. Mas ele pode – Viktor Hertz, um designer gráfico sueco, decidiu criar um conjunto de “logos honestos”. 
 Nesta série, o artista desconstrói os logótipos de grandes marcas segundo a sua própria percepção. Apple, Nintendo ou YouTube, ninguém escapou à análise crítica (e honesta) de Hertz. 


* HERTZ o mágico.

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