16/12/2013

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Preços de chamadas de telemóveis mais caras em Portugal que a média europeia

Portugal apresenta, nos perfis de consumo analisados pela Autoridade da Concorrência, preços acima da média europeia. E nos últimos anos até se distancia dos preços mínimos praticados na Europa, sendo os preços agravados a um valor superior em Portugal. 
Os preços, nos últimos anos, em Portugal das chamadas móveis têm aumentado. A Autoridade da Concorrência (AdC), na análise regular que faz ao mercado das comunicações móveis, concluiu, mesmo, que as tarifas nos perfis de consumo analisados são em Portugal mais elevadas que a média europeia.

Foram analisados tarifários para 30, 100, 300 e 900 minutos mensais. "Da análise dos cabazes móveis, em Novembro de 2012, observa-se que, para qualquer perfil de utilização, os preços em Portugal foram sempre superiores à média da União Europeia, situando-se entre os mais dispendiosos do conjunto de países analisados", revela a Autoridade da Concorrência (AdC) num estudo divulgado esta segunda-feira, 16 de Dezembro.

No pacote com 30 chamadas mensais o preço em Portugal era, mesmo, o terceiro mais caro, reflexo de um preço em 41% superior ao da média europeia. Já no cabaz de 100 minutos Portugal tinha o quinto preço mais elevado. Mas quem utiliza mais é, apesar disso, mais prejudicado. Quer para o cabaz de 300 minutos, quer para o cabaz de 900 minutos, Portugal detinha os segundos preços mais elevados.No primeiro o preço era 97% superior à média e no segundo era mais do dobro.

Na análise aos pacotes pós-pagos e pré-pagos, a conclusão não se altera muito. Ainda assim, para pequenos utilizadores os pré-pagos são mais baratos que os pos-pagos e estão mais dentro da média europeia. Estão, no entanto, longe dos preços mínimos praticados na Europa. Além disso, enquanto em Portugal o preço aumento 12% entre 2008 e 2012, na média europeia o preço decresceu 8%.E para 2014 os operadores já informaram os clientes que iriam voltar a subir os preços.

Já para uma utilização média, os preços pós-pagos desceram em Portugal, mas menos que na Europa, continuando as tarifas acima da média. Ainda nos pós-pagos, os grandes utilizadores viram os preços descerem cerca de 40% de 2008 a 2012, o que se traduziu numa aproximação à média europeia.

Isto são os preços aos consumidores que não têm, assim, relação com os preços grossistas (que os operadores pagam uns aos outros), que estão abaixo da média europeia.

Outra das conclusões deste estudo prende-se com a elevada concentração do mercado nos dois principais operadores, que têm 83% do negócio. Os operadores móveis virtuais detinham apenas 1,4% em 2012, "o que ilustrava bem o reduzido impacto concorrencial da sua entrada no mercado".

* Um assalto com base legal.

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