08/12/2013

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ESTE MÊS NA
"PAIS E FILHOS"

Homens e mulheres têm 
ligações cerebrais diferentes

Os cérebros das mulheres e dos homens funcionam de forma diferente. Não é novidade, mas um novo estudo revelou que isso acontece porque os cérebros dos homens e das mulheres estão conectados de maneira diferente.

Os cientistas da Universidade da Pensilvânia realizaram tomografias de cérebros de aproximadamente mil homens e mulheres, entre os nove e os 22 anos, e verificaram várias diferenças.

Nos homens, existe uma maior quantidade de conexões na parte frontal do cérebro - centro de coordenação das ações - e na parte de trás, onde se encontra o cerebelo, importante para a intuição. As imagens também mostram grande quantidade de conexões dentro de cada um dos hemisférios do cérebro.

Já nas mulheres, há mais conexões entre o hemisfério direito - onde se situa a capacidade de análise e tratamento da informação - e o hemisfério esquerdo, centro da intuição.

Essas diferenças podem explicar por que os homens, em geral, tendem a ter maior facilidade para aprender ou fazer uma única tarefa, como andar de bicicleta e se localizar, enquanto que as mulheres são mais aptas a realizar múltiplas tarefas, afirmaram os investigadores. O estudo concluiu ainda que as mulheres são superiores em atenção, na memorização de palavras e rostos, e nos desafios de inteligência social, mas os homens são mais rápidos para absorver e tratar a informação.

Estudos realizados no passado já haviam mostrado diferenças entre os cérebros masculino e feminino, mas esta conectividade neuronal de regiões no conjunto do cérebro jamais tinha sido vinculada a aptidões cognitivas num grupo tão grande.

«É também impressionante constatar o quanto os cérebros da mulher e do homem são realmente complementares», disse Ruben Gur, professor de psicologia da faculdade de medicina da Universidade da Pensilvânia e coautor do trabalho. "Os mapas detalhados do cérebro não só nos ajudarão a melhor entender as diferenças entre como os homens e as mulheres pensam, mas também nos dará maior compreensão sobre as origens dos transtornos neurológicos, que normalmente têm estreita ligação com o sexo”, acrescentou.

O estudo foi divulgado na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

* A importância de sermos um excepcional laboratório.

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