13/12/2013

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Equipa portuguesa nas Filipinas com
. quase meio milhar de consultas

A primeira equipa portuguesa de serviços médicos voluntários que se deslocou às Filipinas depois do tufão Haiyan, de 8 de novembro, realizou no local 483 consultas em 15 dias, nas áreas de planeamento familiar e saúde infantil. No terreno já está uma segunda equipa e já estão aprovados dois projetos a seis meses para a região.

O grupo pertence à Organização Não-Governamental Saúde em Português, sedeada em Coimbra, e foi composto, na primeira missão, pelo médico Ricardo Marquez, o enfermeiro Nuno Monteiro e a socióloga Ana Rita Brito.


"Foi uma situação muito complicada, porque é uma região muito dispersa. Tínhamos de improvisar as infra-estruturas debaixo de mais de 30 graus", lembra Ricardo Marquez. O médico estima que se tenham feito 60 a 70 consultas diárias, nos 15 dias da missão. "Cada um tinha um litro de água por dia para tudo e as comunicações eram quase impossíveis", prossegue Ana Rita Brito.
Nuno Monteiro destaca a presença em sítios onde a destruição era de 100% e os problemas num clima adverso e numa situação emocionalmente austera. "Há coisas que nunca se esquecem no plano emocional", afirma.

Projetos aprovados a seis meses
Para o enfermeiro da primeira missão, ainda muito há a fazer nas Filipinas. "Foi uma missão de trabalho bem feito, não uma missão cumprida", defende.
A Saúde em Português tem já uma segunda equipa no terreno, que voltará a Portugal entre janeiro e março de 2014. Em marcha estão já dois projetos, ambos financiados pelas Nações Unidas, num total de cerca de 1,6 milhões de euros. Um na área da saúde sexual e reprodutiva e outro na área da violência de género.

"Fomos considerados pelas Nações Unidas como especialistas nestas áreas. Da parte do Estado português não temos qualquer tipo de apoio", lamenta o presidente da Saúde em Português, Hernâni Caniço.

* Existem muito bons portugueses, mas não pertencem ao governo.

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