28/12/2013

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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"

Minhocas e gafanhotos brilham
 em receitas criadas em Peniche

Bolachas com minhocas ou gafanhotos salteados com legumes são algumas das propostas de um projeto da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche, para inovar nas receitas e substituir a carne e o peixe no prato.
 
Docentes e estudantes envolvidos no projeto querem desmistificar a forma como as populações do mundo ocidental olham para os tenébrios e insetos e introduzir novos hábitos alimentares, para combater a obesidade e antecipar a eventual falta de proteína animal suficiente para alimentar toda a população a partir de 2050.

ESPETADA DE GAFANHOTOS
Além de terem custos de produção mais baratos, possuem "inúmeros benefícios, uma vez que a nível nutricional são ricos em proteína, gorduras insaturadas e, a nível ambiental, libertam poucos gases com efeitos estufa para a atmosfera", explica a coordenadora do projeto, Patrícia Borges.
Gafanhotos salteados com legumes, gengibre e molho de soja a acompanhar com cuscuz ou tomate seco com gafanhotos ou grilos são algumas das mais de uma centena de receitas já inventadas pela equipa.

Apesar de a apresentação no prato convidar a provar, os olhos dificilmente comem nestes casos, mas o prazer de provar novos paladares e um esforço acrescido para levar o talher à boca acabam por recompensar os mais aventureiros.

"Antes de consumirem, as pessoas criam uma ideia quanto ao sabor do inseto que não corresponde à realidade. Como os insetos que estamos a utilizar são previamente desidratados e têm um sabor pouco pronunciado, depois de provarem, costumam ter reações muito positivas", tranquiliza a docente.

Empresários já têm mostrado interesse em começar a desenvolver estas receitas nos restaurantes e pastelarias portugueses, mas falta legislação que permita o uso de tenébrios e insetos nas práticas alimentares, sem levantar problemas pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica.

* Bom apetite mas por favor não fabriquem bombons de merda  para depois os venderem como chocolate "cócó".

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