HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Aguiar-Branco alerta para
"tentação de Estado totalitário"
O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, defendeu hoje a
revisão da Constituição, argumentando que existe em Portugal a
"tentação de um Estado totalitário" provocado por um "Estado social
absorvente" que cria "promiscuidades", "clientelas" e "dependências".
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Antecedido
pelo sociólogo António Barreto, que deu uma 'aula' sobre a reforma do
Estado em que defendeu a revisão da Constituição, o ministro da Defesa
citou o antigo primeiro-ministro do governo da Aliança Democrática e
ex-presidente do PSD, Francisco Sá Carneiro, para argumentar contra um
Estado social que "absorva" a sociedade ao ponto de se tornar
"totalitário",
"Dizia um político que eu muito admirei que, julgo
também muitos aqui admiram, Francisco Sá Carneiro, que o Estado social é
necessário que exista nas democracias modernas, é um Estado que deve
estar preparado para ir ao encontro das necessidades mais exigentes das
sociedades modernas, mas o Estado social que absorva a sociedade por
completo ou que tenda a absorver a sociedade por completo é um Estado
totalitário", afirmou.
"A verdade é que nós, por via da situação
de tender a ter esse Estado social absorvente, tender a ter um Estado
que visa absorver a sociedade numa dimensão que, a meu ver é exagerada,
faz com que tenhamos uma tentação de um Estado totalitário, que cria as
promiscuidades, que cria as clientelas, que cria as dependências e
enfraquece a sociedade", sustentou.
O ministro não esclareceu que
aspetos da Lei Fundamental gostaria de ver revistos e em que sentido e
saiu da sessão sem prestar declarações aos jornalistas.
* O senhor ministro José delira quando discursa, não é a primeira vez.
O Estado que cria "clientelas", "promiscuidades" e "dependências" não é o Estado social, mas aquela parte do Estado que junta à mesma mesa políticos, banqueiros e escritórios de advogados.
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