23/11/2013

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Doentes de sida interrompem o tratamento

Há doentes de sida que interromperam os tratamentos porque não têm meios económicos para se deslocarem todas as semanas ao hospital levantar a medicação.
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O presidente do Grupo de Ativistas dos Tratamentos de VIH (GAT), Luís Mendão, afirmou esta quinta-feira que há doentes de sida que agravam o seu estado de saúde porque interromperam os tratamentos.

A interrupção da terapêutica dos doentes com a infecção VIH deve-se, segundo o responsável, à falta de dinheiro dos doentes para se deslocarem aos hospitais várias vezes por mês para ir buscar a medicação.

Luís Mendão, que falava ao CM durante a Conferência VIH Portugal, que termina amanhã, no auditório da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), lembrou a propósito que os hospitais estão obrigados a facultar aos doentes a medicação para um mês. “Os hospitais só estão a dar medicação para uma semana ou duas”, sublinhou o presidente do GAT.

O problema é do conhecimento do Ministério da Saúde. Na ocasião, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, afirmou ao CM que essa situação decorre da falta de disponibilização pelos hospitais de medicação para 30 dias.

“Fiz um despacho em que determinava que os hospitais deviam fornecer medicação aos doentes para um período de 30 dias ou um pouco mais em caso de férias. Porém, há alguns hospitais que não o estão a fazer, apenas disponibilizam medicação para uma semana ou duas, o que obriga os doentes a deslocações frequentes aos hospitais”, afirmou Fernando Leal da Costa. O governante adiantou que irá emitir um despacho brevemente para regularizar a situação.

* Já chega a estes cidadãos terem a doença que têm, quanto mais terem dificuldades de acesso a medicamentos. 

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