05/11/2013

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O QUE NÓS

APRENDEMOS!


Offshore suspeita

O presidente do BES, Ricardo Salgado, recebeu em 2011 cerca de 8,5 milhões do construtor José Guilherme. O dinheiro foi transferido de uma offshore deste empresário para outra, a Savoices, com sede no Panamá, que pertence ao banqueiro. 
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Por estes rendimentos extraordinários, Salgado foi obrigado, entre 30 de Maio e Dezembro de 2011, a entregar três declarações de rectificação do IRS de 2011 – tendo pagado cerca de 4,5 milhões de euros de imposto. Alegadamente, aquele valor terá sido pago por José Guilherme a título de honorários, por serviços de consultadoria e assessoria aos seus negócios em Angola, no ramo da construção civil. Estes serviços decorreram em paralelo à actividade de banqueiro.

O rasto das transferências de uma offshore de José Guilherme para a Savoices foi detectado na documentação apreendida à Akoya Asset Management, da qual Salgado era um entre cerca de 400 dos seus clientes. Salgado foi confrontado com estas transferências quando, em Dezembro, foi chamado a depor no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

O presidente do BES, para receber aqueles ganhos paralelos à sua actividade de banqueiro, adquiriu a referida offshore a uma sociedade de advogados do Panamá especializada na constituição destes veículos. 

O SOL pediu um comentário sobre estes factos a Ricardo Salgado, questionando ainda se os 8,5 milhões de euros recebidos através da offshore Savoices é compatível com a sua actividade bancária.

“Conforme amplamente divulgado há mais de seis meses na comunicação social, a situação tributária, legal e profissional do Dr. Ricardo Salgado encontra-se regular e esclarecida” – respondeu o porta-voz do presidente do BES e líder do Grupo Espírito Santo (GES).


paula.azevedo@sol.pt e felicia.cabrita@sol.pt

NR: Estamos sempre a tempo de aprender, esta é uma notícia do "SOL", publicada a 20/09/13

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