04/11/2013

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

OIT não recomenda “medidas indiscriminadas 
de cortes orçamentais" 
"Afetam claramente o crescimento
. económico e o desemprego" 

O diretor do Instituto de Estudos sobre o Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT) refere que o caso português não recomenda “medidas indiscriminadas de cortes orçamentais, sobretudo em áreas importantes para o emprego”. 

Raymond Torres admite que, “se há dispositivos ineficazes ou despesas inúteis, a racionalização do orçamento público é normal”, mas sem causar problemas adicionais no “crescimento económico e desemprego”. Nos últimos anos, “entre as políticas adotadas como consequência do pedido de assistência” financeira, verificaram-se “algumas medidas que claramente afetaram o crescimento económico e o desemprego”, reconheceu Raymond Torres. 


 “Se a Europa tivesse tido à disposição instrumentos de coesão mais fortes na zona Euro” e “se houvesse uma verdadeira união bancária, possivelmente a situação atual podia ter sido diferente”, salientou. "Portugal enfrenta a situação económica e social mais crítica da sua história económica recente. 

Desde o início da crise global, em 2008, perdeu-se um em cada sete empregos – a mais significativa deterioração do mercado de trabalho entre os países europeus, depois da Grécia e de Espanha", refere o relatório sobre o mercado de trabalho e o desemprego em Portugal, hoje apresentado. 

Para o dirigente da OIT, a atual situação “tem consequências graves em termos de confiança nos sistemas políticos e o que pode causar uma fragmentação dos sistemas políticos, um desinteresse crescente acerca do sistema eleitoral”, compreendendo a fuga de mão-de-obra qualificada para outros países. 


“Para alguns jovens é a melhor opção porque não há trabalho e ter uma experiência profissional é uma boa coisa", disse, embora salientando que este êxodo leva também a custos económicos para o país. “Portugal tinha investido na educação de jovens e de alguma forma este investimento fica perdido”, disse Raymond Torres, salientando que o relatório sugere uma série de medidas suplementares para ajudar o país a sair da crise, com maior aposta nas exportações para fora da Europa e melhor financiamento das pequenas e médias empresas (PME). 

Para os jovens, a OIT recomenda a implementação de ações de formação e apoios sociais para combater o desemprego juvenil. “Em relação a outros países, a cadeia de decisão ainda funciona em Portugal e não podemos subestimar isso. Desta forma as recomendações podem ser imediatamente aplicadas”, concluiu Raymond Torres. 

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO É IMPORTANTE 
Entretanto, o secretário de Estado Adjunto e da Economia, Leonardo Mathias, considera que o aumento das exportações e a atração de investimento estrangeiro são importantes para a criação de emprego em Portugal. “O que o Governo está a olhar com muita atenção é a capacidade de atrair investimento estrangeiro, a capacidade de atrair investimento doméstico de forma a criar emprego”, disse aos jornalistas o secretário de Estado, quando questionado sobre o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 


O documento, hoje apresentado em Lisboa, alerta para o crescimento do desemprego em Portugal desde 2008, com a perda de um em cada sete empregos, e afirma que a situação não melhorou desde o lançamento do programa de assistência financeira acordado com a ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu). 

 “O Ministério da Economia não está descansado com 870 mil desempregados”, adiantou o secretário de Estado, à margem da cerimónia de inauguração das novas instalações da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Leonardo Mathias sublinhou que o Governo “está a olhar com alguma satisfação para os dados macroeconómicos”, no entanto “não pode descansar enquanto houver uma taxa de desemprego tão alta em Portugal”. 


Nesse sentido, sustentou, que o trabalho “é sem tréguas” e “incasável para atingir empregos duradouros, sustentáveis e que eliminem o flagelo do desemprego em Portugal”. “É obvio que quanto mais conseguirmos estimular o crescimento económico, o aumento das exportações, atrair o aumento do investimento, mais emprego vamos ter, melhores condições podemos dar à população e mais rapidamente conseguimos fazer o plano de ajustamento financeiro”, concluiu.

* O que o sr. Raymond Torres diz já andam a dizer 300 comentadores portugueses desde que este governo tomou posse e ceifou a eito.
Ninguém do estrangeiro investe em Portugal com seriedade, só traficantes e agiotas é que gostam desta lavandaria.
Temos um governo autista a melhor solução é interná-lo.

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