30/09/2013

JOANA AMARAL DIAS

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Portugal dos grandes


Os partidos mais pequenos não marcaram as eleições autárquicas.


A direita perdeu e a esquerda ganhou. Desta vez, a direita perdeu sem que a responsabilidade maior fosse do CDS– o derrotado foi o PSD – e a esquerda ganhou sem que o mérito principal fosse do Bloco – o vencedor foi a CDU. Os partidos mais pequenos não marcaram a ida às urnas, a primeira no Portugal troika. A derrota do PSD era expectável. Os sociais-democratas, não satisfeitos com o desgaste consequente à sua "governação", escolheram dois candidatos recauchutados para as câmaras de Lisboa e Porto. 
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Seara de Sintra na capital e Menezes de Gaia na Invicta tiveram derrotas humilhantes.
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E merecidas. Quanto à vitória da CDU, o voto de protesto fez caminho e Jerónimo de Sousa sai mais reforça do que nunca. A nova liderança do Bloco de Esquerda não passa no teste e o PS conseguiu alcançar um resultado satisfatório. Talvez o suficiente.
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O que começará este outubro é uma outra história. O Presidente da República não quis que estas eleições fossem também legislativas, esclarecendo se Passos ainda tem a legitimidade de 2011. Assim, se este governo já estava moribundo, depois destas eleições e com a coligação que o suporta ainda mais fragilizada (veja-se o caso do Porto), está morto e enterrado. Como é que tal executivo vai fazer o orçamento e impor mais cortes violentos é uma impossibilidade que Cavaco Silva deverá agora resolver no contexto de… um país previsível.

IN "CORREIO DA MANHÃ"
30/09/13

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