06/07/2013

" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

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Mudanças no Governo só 
são solução para PSD e CDS

O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou que as mudanças no Governo anunciadas hoje pelo primeiro-ministro são uma "solução para o PSD e CDS", mas não para o país nem para os portugueses. 

"O que ouvimos hoje do primeiro-ministro pode até ser a solução para o PSD e para o CDS. Não é, de certeza, uma solução para o país nem uma solução para os portugueses", afirmou Seguro aos jornalistas antes da apresentação do candidato do PS em Mêda, Anselmo Sousa.

Este foi o comentário do líder socialista ao anúncio do acordo político de coligação feito pelo chefe do Governo e líder do PSD, Pedro Passos Coelho, que passa pela escolha de Paulo Portas, que se demitiu de ministro dos Negócios Estrangeiros na terça-feira, para vice-primeiro-ministro.
Para António José Seguro, o acordo entre PSD e CDS que pôs fim à crise criada pela demissão de Portas não é a solução para os problemas do país. 

"Bem pelo contrário. E o mal está feito. O mal não ocorreu apenas nesta última semana. O mal ocorreu ao longo destes dois anos porque foram dois anos de empobrecimento, dois anos de sacrifícios sem que tivesse havido consequências, dois anos de grande sofrimento por parte dos portugueses", disse. 

Segundo António José Seguro, que defende a realização de eleições antecipadas no mesmo dia as autárquicas, em setembro, "a eventual continuação deste Governo representa mais empobrecimento, mais desemprego, um corte de 4,7 mil milhões nas funções sociais do Estado".
Após uma semana de crise política, com as demissões dos ministros Vitor Gaspar (Finanças) e Paulo Portas (Negócios Estrangeiros), o primeiro-ministro anunciou hoje um acordo com o CDS para "garantir a estabilidade até ao fim da legislatura" e alterações na orgânica do executivo. 

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, que anunciou a demissão na terça-feira, foi proposto para o cargo de vice-primeiro-ministro com a responsabilidade pela coordenação das políticas económicas e do relacionamento com a 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional). 

Este entendimento entre o PSD e o CDS, já comunicado na sexta-feira ao Presidente da República, foi parcialmente anunciado por Passos Coelho após uma reunião das direções dos dois partidos.

* Não sabemos se Seguro é a alternativa de qualidade que os portugueses precisam, mas sabemos que Paulo Portas não olha a meios para atingir os fins!

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