19/07/2013

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HOJE NO
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Seguro. 
PS rompe negociações e rejeita
 acordo de salvação nacional

PSD, PS e CDS não alcançaram o compromisso de “salvação nacional”. Maioria enviou carta a Seguro a propor continuação do diálogo. Belém não fecha a porta a nenhum cenário 

Foi pela voz de António José Seguro que o país ficou a saber que as negociações entre os três partidos do arco do poder deram em nada. PSD, PS e CDS não conseguiram chegar ao compromisso de salvação nacional pedido pelo Presidente da República, que volta a ter o problema nas mãos. Em Belém todas as hipóteses estão em cima da mesa, desde eleições antecipadas (já ou em 2014), aceitar a remodelação proposta pelo primeiro-ministro ou manter o executivo como está.

Depois de nove reuniões entre os representantes dos três partidos, o fim chegou, porque, disse o líder dos socialistas, apesar de tudo ter feito “mesmo assim o PSD e o CDS inviabilizaram um compromisso de salvação nacional”. Para Seguro, ficou demonstrado que o país esta perante duas visões: a da maioria que pretende “manter a direcção” e que “entendem que está tudo bem” e a do PS que é a de “dar um novo rumo a Portugal” e que “considera que os portugueses não aguentam mais sacrifícios e que esta política não está a dar.”

A maioria não quer no entanto ficar com o ónus da culpa perante o país e perante o Presidente da República. A estratégia foi não reagir a viva voz ontem – o PSD colocou no site a proposta que tinha levado à mesa de negociações e marcou para hoje uma conferência de imprensa e o CDS marcou para hoje a comissão política. No entanto, mais tarde, fonte do PSD contava que durante a tarde, os dois partidos tinham enviado uma carta ao PS a propor a continuação do diálogo, antes da declaração de Seguro. Uma carta onde elencavam vários pontos onde poderia haver acordo e com uma calendarização para que a conversa não ficasse por aqui.

Mas para Seguro o fim era evidente. Na declaração que fez, lembrou que durante dois anos nunca foi ouvido e por isso “não se justificava prolongar conversações por conversações”. Em causa estavam sobretudo os cortes de 4,7 mil milhões de euros, mas o líder do PS iniciou a sua declaração a lembrar que defendeu um aumento do salário mínimo, que não houvesse despedimentos na função pública e mais cortes nas pensões.

Os sociais-democratas não deixaram de responder nos bastidores. Fonte do partido disse ao i que “a comparação entre as propostas mostra quem esteve com seriedade no processo”. Isto porque, diz a mesma fonte, as propostas da maioria “foram detalhadas, com números” e para mostrar a boa-fé à mesa  foram chamados membros do governo a prestar esclarecimentos. “O PS respondeu com chavões, slogans, com propostas destituídas de sentido. O PS está ainda mais atrás do que quando se iniciou o processo de negociações o que mostrou o espírito com que as iniciaram”, acrescenta a mesma fonte.
E na proposta apresentada, o PSD e o CDS queriam o apoio do PS ao Memorando, aos cortes de 4,7 mil milhões, às medidas a apresentar no Orçamento do Estado para 2014 e às substitutivas, caso as primeiras fossem chumbada pelo Tribunal Constitucional. Mas chamavam o PS para as negociações com a troika, e admitem a renegociação das metas do défice e da dívida.

Soluções de Belém Tudo volta à estaca zero, em Belém. O Presidente, recém-chegado de uma viagem às Selvagens de onde tinha acusado os “inimigos do acordo” de o estarem a dificultar, manteve-se em (quase) silêncio. A meio da tarde fez saber que tinha chamado os partidos para “conhecer a avaliação que os respectivos partidos fazem do processo negocial”. E mais não disse.

A decisão de partir para um compromisso começou quando o Presidente não aceitou a remodelação apresentada por Passos Coelho, na sequência da demissão de Paulo Portas. Mas na sua declaração, Cavaco deixou em aberto outras possibilidades “no quadro do nosso sistema jurídico-constitucional”. E acrescentou um recado: “Se esse compromisso não for alcançado, os portugueses irão tirar as suas ilações quanto aos agentes políticos que os governam ou que aspiram a ser governo”.

* A presente crise foi aberta por um arrufo entre Paulo Portas e Passos Coelho e o Presidente da República quiz uma omolete sem ovos, é mau cozinheiro. 
A birra vai custar ao país mais 60 milhões de euros em juros quando da última ida ao mercado. Alguém vai responsabilizar Portas e Coelho pelo prejuízo que causaram ao país.

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