25/07/2013

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HOJE NO
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Custos dos comerciantes com meios 
de pagamento ascenderam a 
3.086,6 milhões de euros em 2009

Estudo do BdP adianta que "uma parte expressiva dos custos suportados pelos comerciantes com os instrumentos de pagamento é justificada pelas comissões pagas ao sistema bancário", que representam quase 70%

Os custos suportados pelos comerciantes com a aceitação de meios de pagamento ascenderam a 3.086,6 milhões de euros em 2009, 1,93% do PIB daquele ano, de acordo com um estudo do Banco de Portugal hoje divulgado.


Segundo o estudo "Os Custos Sociais dos Instrumentos de Pagamento de Retalho em Portugal", relativo a 2009, do total daquele montante, mais de dois terços (79,8%) diz respeito a aceitação de pagamentos em numerário (dinheiro), no valor de 2.462,6 milhões de euros.
Os pagamentos com cartões de crédito e de débito representaram 16,3% do total, no valor de 504,1 milhões de euros, seguido das cobranças por débitos diretos (1,5%), transferências a crédito (1,3%) e transações com cheque (1,1%).
"Os custos de processamento ('back-office') são a principal componente de custos dos comerciantes independentemente do instrumento de pagamento utilizado", refere o estudo do Banco de Portugal (BdP).
"No entanto, estes custos são mais significativos no numerário (85,2%), nos cartões de crédito (76,1%) e nos cartões de débito (65,2%), do que por exemplo nos cheques (46,4%)".

Nos pagamentos por cartão, os retalhistas também têm custos com a gestão e manutenção dos terminais de pagamento automático e com as ligações de telecomunicações utilizadas para o processamento das transações (18,8% dos custos totais nos casos de débito e 14,3% nos cartões de crédito)".
O estudo do BdP adianta que "uma parte expressiva dos custos suportados pelos comerciantes com os instrumentos de pagamento é justificada pelas comissões pagas ao sistema bancário", que representam quase 70%.
"No entanto, esta percentagem difere significativamente entre os diferentes instrumentos de pagamento: 72,6% nos cartões de crédito, 72,5% no numerário, 62,7% nos cartões de débito, 39,4% nos débitos diretos, 1,6% nos cheques e apenas 0,6% nas transferências a crédito".
Em relação aos pagamentos nas lojas, o cartão de crédito foi o instrumento mais caro, em termos de custos unitários, para os comerciantes, com um valor de 1,34 euros por transação. O cartão de débito foi o mais barato (0,32 euros por pagamento).
Em termos de perspetiva dos custos sociais dos instrumentos de pagamento de retalho, as principais conclusões estimam que estes ascendam a 2.204,3 milhões de euros em 2009, ou seja, 1,38% do PIB, "sendo 57,1% destes custos suportado pelos bancos e os restantes 42,9% pelos comerciantes".

O pagamento em dinheiro é o instrumento que origina maiores custos para a sociedade (48% dos custos sociais totais), ascendendo a 1.057,8 milhões de euros, cerca de 0,66% do PIB.
Os retalhistas incorrem em mais custos com o numerário do que os bancos (64% versus 36%).
Em 2009, os cartões de débito custaram à sociedade 403,1 milhões de euros, enquanto os de crédito atingiram os 309,7 milhões de euros.

"A maior parte destes custos foram suportados pelos bancos (73,4% nos cartões de débito e 80,8% nos cartões de crédito) que, proporcionalmente, acarretam mais custos com os cartões de pagamento do que com que o numerário", refere o estudo.

* Pirataria banqueira

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