24/07/2013

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Défice orçamental das administrações públicas 
Primeira metade do ano fixou-se 
nos 3845,7 milhões de euros 

 O défice orçamental das administrações públicas na primeira metade do ano fixou-se nos 3845,7 milhões de euros, mais de dois mil milhões de euros abaixo do limite trimestral acordado com a ‘troika’, mas mais do dobro do que em maio. 


 De acordo com o Ministério das Finanças em comunicado sobre os dados divulgados hoje pela Direção-Geral do Orçamento, o défice orçamental em contabilidade pública (fluxos de caixa) calculado segundo as regras da ‘troika’ para o final do primeiro semestre do ano era de 6000 milhões de euros, limite já revisto de acordo com o novo défice orçamental. Até maio, o défice orçamental como calculado pela 'troika' foi de 1588 milhões de euros. O défice estará assim 2154,3 milhões de euros abaixo do limite acordado com a ‘troika’, que conta como um dos critérios quantitativos que Portugal está obrigado a cumprir para receber a próxima tranche do empréstimo internacional. 

RECEITA DO IRS CRESCE 38,8% 
A receita do Estado com IRS cresceu 38,8% nos primeiros seis meses do ano, em comparação com a primeira metade de 2012, conseguindo mais 1416,6 milhões de euros. De acordo com a Direção-Geral do Orçamento, entre janeiro e junho deste ano, o Estado embolsou 5065,7 milhões de euros em receitas com IRS, contra 3649,1 milhões de euros arrecadados nos primeiros seis meses de 2012. Este crescimento acontece num ano em que foram introduzidos novos aumentos no IRS, incluindo uma sobretaxa para retirar pela via dos impostos o equivalente a um subsídio de natal a cada trabalhador. 

 O IRC também apresenta uma subida no final destes seis meses face ao que verificava no mesmo período do ano passado, sendo superior em 7,7% ao acumulado em 2012, ou 160,7 milhões de euros. Os impostos indiretos continuam a apresentar uma quebra em termos homólogos. Nos primeiros seis meses do ano, o Estado perdeu 128,7 milhões de euros em impostos indiretos em termos homólogos. Para este resultado continua a contribuir negativamente uma quebra do IVA de 0,8%, de 17,9% na receita do Imposto Sobre Veículos. 

 No total, o Estado conseguiu mais 1353,8 milhões de euros em receitas com impostos até junho que entre janeiro e junho de 2012.

* Há aqui muita engenharia financeira, é melhor esperar pelos resultados do 3º trimestre.

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