10/07/2013

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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Presidente fala hoje ao país 

O Presidente da República faz hoje uma declaração ao país às 20h30, depois de nos últimos dias ter ouvido o primeiro-ministro, os partidos e parceiros sociais, na sequência da demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros. 

As audiências marcadas pelo Presidente da República na sequência da crise política aberta com a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, tiveram início na segunda-feira com encontros com os partidos com representação parlamentar. Ainda na segunda-feira ao final da tarde, Cavaco Silva recebeu o governador do Banco e Portugal. 


 Na terça-feira, o chefe de Estado concluiu a audiências com os partidos da parte da manhã e à tarde começou a receber os parceiros sociais. A ronda de audições terminou esta manhã, com encontros com os secretários-gerais da CGTP e da UGT. O líder do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou no sábado um entendimento político com o CDS-PP liderado por Paulo Portas, proposto para vice-primeiro-ministro com a responsabilidade da coordenação económica, reforma do Estado e ligação à "troika", que, assim, se mantém no executivo. 

 Com este acordo, Passos Coelho pretende pôr fim à crise política que se iniciou há uma semana com a saída de Vitor Gaspar de ministro do Estado e das Finanças, a que se seguiu a demissão de Portas, na terça-feira, que o próprio apelidou de "irrevogável". Logo na terça-feira, Passos Coelho anunciou, numa declaração ao país, que não se demitia nem aceitava o pedido de demissão de Paulo Portas, iniciando-se nessa mesma noite uma série de encontros, pelo menos cinco, com o líder do CDS-PP. 

Na quarta-feira, a comissão executiva do CDS-PP reuniu-se em Lisboa e decidiu mandatar Portas para reunir com Passos Coelho, e encontrarem "uma solução viável para a governação em Portugal". No dia seguinte, o primeiro-ministro foi recebido pelo chefe de Estado no Palácio de Belém. No final do encontro, Pedro Passos Coelho disse aos jornalistas que compete ao Presidente da República fazer uma avaliação sobre a crise governativa e uma nova solução que apoie o executivo PSD/CDS-PP.

* Não haverá novidades depois do ministro alemão das Finanças ter "autorizado" a substituição de Gaspar por Maria Luís Albuquerque e a (ir)revogável demissão de PP. 
Será referido que garotadas não desestabilizam o país, que dar posse a uma ministra enquanto um se demite, mesmo que não tenha graça não é trágico e que este governo se mantém em funções face à notável coesão que evidencia.

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