19/06/2013

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 HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Sindicatos respondem que 
não recebem dinheiro do Estado

O secretário-geral da Fenprof considera que os "jovenzinhos" da JSD que questionaram o custo para o Estado dos sindicatos de professores têm "défice de formação democrática", garantindo que os sindicalistas recebem apenas o seu ordenado. Também o líder da FNE sublinha que não há transferências de verbas para os sindicatos e que "compete ao Estado garantir um movimento sindical livre e democrático". 

O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, considerou "pertinente" a questão feita hoje pelos deputados da JSD no sentido de saber quais os encargos que os sindicatos do setor da Educação representaram para o Estado em 2012 e 2013. Mário Nogueira afirmou que os dirigentes recebem o seu ordenado e os sindicatos vivem das quotas pagas pelos associados.
"As transferências do Governo para os sindicatos são zero", garantiu, respondendo assim à pergunta feita entregue hoje no Parlamento pelo deputado Hugo Soares. "Acho que é uma questão pertinente. Acho que é importante percebermos que seja para os sindicatos de professores ou de outros (grupos de trabalhadores), não há qualquer transferência do Estado - a transferência é zero - e que os dirigentes não têm nem mais um cêntimo do que teriam se estivessem nas suas escolas. Têm simplesmente o seu salário", sublinhou o líder sindical.
O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva, reforça ainda que a revelar-se os dados dos sindicatos da Educação, devem também ser públicas todas as informações de todos as estruturas sindicais da administração pública. "Os custos com os sindicatos são os custos normais da democracia, tal como o dinheiro que se gasta com os partidos políticos entra neste âmbito dos custos da democracia".
Mário Nogueira vai ainda mais longe nas críticas e refere que ao contrário dos sindicatos dos professores, onde os representante recebem o salário de docentes, "os deputados da JSD que nunca fizeram nada da vida e quando começam nos seus empregos políticos têm imediatamente o salário de deputados, nunca poderiam ter o salário daquilo que é o seu emprego porque nunca tiveram o seu emprego, verdade se diga".
O secretário-geral do maior sindicato de professores acha "que a comparação terá grande utilidade e será extremamente positiva porque na verdade são situações absolutamente incomparáveis".
Em declarações à Lusa, Mário Nogueira criticou ainda os elementos da JSD: "Essa rapaziada, esses jovenzinhos, esses miúdos que entram diretamente das escolas para a política não têm formação democrática e os défices de formação democrática são de facto muito preocupantes. Essa rapaziada nova chega à política e, se calhar, leu uns livros do tempo do Salazar e outros. Formaram-se assim e depois têm muita dificuldade em perceber a democracia".
Num requerimento dirigido ao Ministério da Educação e Ciência (MEC) e hoje entregue no Parlamento, o deputado social democrata Hugo Soares perguntou "quantos sindicatos existem no setor da Educação", qual o "valor transferido para os sindicatos durante o ano de 2012 e orçamentado para 2013" e como são discriminados os gastos. 

"Acho legítimo que se saiba quanto custam os representantes do povo na Assembleia da República, acho legítimo que se saiba quanto custam os presidentes de câmara, as juntas de freguesia. E não é legítimo eu perguntar quanto custam os sindicatos na Educação, quanto é que pagamos de impostos para os sindicatos que na segunda-feira passada puseram em causa o futuro de milhares de jovens portugueses?", questionou o deputado Hugo Soares. 

* Oh sr deputado "jota" Hugo Soares, não acha indecente o Estado subsidiar os partidos políticos, os partidos políticos deviam saber sustentar-se tal como os sindicatos se sustentam. A verdade é outra, há campanhas eleitorais e os partidos recebem comparticipação do Estado, isto é, dos contribuintes, recebem também outras contribuições a bem do interesse público que não descortinamos. Os partidos políticos têm hoje os interesseiros militantes, os "yes man", sem ideias ou projectos para o país, apenas interessados em lambuzar as botas dos lideres partidários. Nos sindicatos trabalha-se, vá até um e aprenda a trabalhar sr. deputado, deixe de ser inútil.

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