17/06/2013

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Risco de terrorismo em Portugal 
caiu para nível considerado baixo

O risco de terrorismo em Portugal caiu "para um nível considerado ‘baixo’”, o segundo de uma escala de cinco que vai do ‘negligenciável’ ao ‘grave’, indica o Mapa de Terrorismo e Violência Política 2013.
 
TERRORISMO NÃO, COWBOYADA
No relatório, a que a Lusa hoje teve acesso, elaborado pela multinacional britânica Aon Risk Solutions com The Risk Advisory Group plc, a consultora mundial de gestão de risco, indica-se igualmente que “o risco de greves, motins, agitação popular ou distúrbios civis e danos maliciosos à propriedade privada em Portugal é mais baixo que no ano passado”.

Em 2012, Portugal estava entre os países com risco considerado "médio".
Neste mapa, que mede os níveis de violência política e terrorismo em 200 países e territórios e pretende ser uma ferramenta para ajudar as empresas a tomarem decisões de expansão internacional, salienta-se, na sua 10.ª edição, a existência de “riscos para o crescimento das empresas a nível global”, devido à “contínua ameaça de ataque terrorista e/ou violência política em geral”.
Segundo o relatório, “cerca de 44% dos países avaliados possuem um risco significativo de atividade terrorista”, situando-se a ameaça maior em: Afeganistão, Índia, Iraque, Nigéria, Paquistão, Rússia, Somália, Síria, Tailândia e Iémen.

“Verificaram-se 11 aumentos da taxa de risco, dos quais se destacam a Argentina, o Egito e a Jordânia, e 19 decréscimos, entre os quais a Alemanha, a Itália e o Reino Unido”, lê-se no documento.
A Europa – sublinha-se – “é a região do mundo com melhor desempenho geral, sendo que 47% dos países possuem um risco baixo”, resultados que “refletem a tendência de redução dos níveis de inquietação popular associados à crise económica e financeira”.
Além disso, refere-se no estudo, “o número limitado de incidentes terroristas na Grécia e na Irlanda do Norte também contribuiu para os resultados apresentados”.

No Médio Oriente, “os efeitos remanescentes da Primavera Árabe continuam a exercer alguma influência na segurança e estabilidade, fazendo desta região a mais instável do mundo: 64% dos países da região apresentam um nível alto ou grave de risco, que se reflete na ameaça terrorista, na agitação civil e no risco de conflito armado”, aponta-se o relatório.
"O Médio Oriente e o norte de África foram as regiões que registaram maior proporção de países com perigo de ameaça terrorista ou sabotagem, 85%”, acrescenta-se.
Para Henry Wilkinson, líder do departamento de Informação e Análise da Risk Advisory, “a crise económica mundial, a alteração dos equilíbrios geopolíticos e dois anos de níveis anormalmente altos de manifestações civis, apresentam desafios e oportunidades para as empresas que procuram a expansão do seu negócio”.

“As regiões da África do Norte e África Ocidental, bem como do Médio Oriente, sobressaem como regiões de risco acrescido; as Guerras Civis na Líbia e na Síria, em particular, contribuíram para o aumento do risco de violência nos países vizinhos”, observa o responsável citado no relatório.
Quanto à Europa, Wilkinson frisa que “apesar de o Norte registar um melhoramento significativo, o Sul da Europa continua a verificar um enorme risco associado à inquietação popular”.
Foram três os tipos de ameaça avaliados que “revelam as formas de violência política que as empresas têm maior probabilidade de enfrentar: terrorismo e sabotagem; greves, motins, agitação popular/distúrbios civis e danos maliciosos à propriedade privada; e insurreição, revolução, rebelião, amotinação, golpe de Estado, guerra e guerra civil”.

A ameaça terrorista é definida com base numa avaliação da intenção e capacidade de grupos terroristas da região em levar a cabo ataques bem-sucedidos.

* Já chega o governo para fazer terrorismo doméstico!

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