02/05/2013

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Novos cortes vão polarizar ainda mais Portugal, escreve o "Financial Times"

O "Financial Times" escreve, esta quinta-feira, que os cortes incluídos no Documento de Estratégia Orçamental vão polarizar ainda mais Portugal, num artigo sobre as manifestações das centrais sindicais, na quarta-feira, em Lisboa.
UM DOS POLOS

O jornal refere que os planeados cortes do Governo vão polarizar ainda mais o país, numa altura em que empresários, figuras seniores dos partidos da coligação no Governo, partidos da oposição e centrais sindicais responsabilizam as medidas de austeridade pelo aprofundamento da prolongada recessão e da subida do desemprego para níveis recorde. 

O "Financial Times" também sublinha que os cortes colocam o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em colisão com as centrais sindicais moderadas, cujo apoio necessita para legislar sobre o despedimento de milhares de funcionários públicos. 

O OUTRO  POLO

Segundo o jornal, a rejeição das centrais sindicais - proclamada pelo secretário-geral da UGT, Carlos Silva, na manifestação de quarta-feira em Lisboa - de quaisquer cortes que afetem os salários, pensões ou postos de trabalho do setor público cria potenciais barreiras aos planos do Governo para reduzir as funções e o tamanho do Estado. 

O Documento de Estratégia Orçamental (DEO), apresentado na terça-feira, envolve cortes de mais de 6000 milhões de euros entre 2014 e 2017. 

* "POLARIZAR" significa os ricos cada vez mais ricos e os outros cada vez mais pobres.

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