24/05/2013

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

PGR abre inquérito a 
Miguel Sousa Tavares

 O comentador/escritor fez, em entrevista ao Jornal de Negócios, uma afirmação polémica: "Nós já temos um palhaço. Chama-se Cavaco Silva".
A Procuradoria Geral da República abriu, esta sexta-feira, um inquérito a Miguel Sousa Tavares na sequência das afirmações feitas em entrevista publicada hoje no Jornal de Negócios, por serem suscetíveis de configurar um crime de ofensa à honra do Presidente da República.
Na edição desta sexta-feira, o Jornal de Negócios faz manchete com uma entrevista ao escritor e comentador, sob o título "Beppe Grillo? Nós já temos um palhaço. Chama-se Cavaco Silva" e, segundo um comunicado da PGR, "as expressões proferidas são susceptíveis de integrar a prática do crime de ofensa à honra do Presidente da República, previsto no artigo 328.º do Código Penal".
"Tendo o crime natureza pública, o Ministério Público procedeu à instauração de inquérito", adianta a PGR.
No entanto, segundo adiantou fonte de Belém, o Presidente da República já havia solicitado, na manhã desta sexta-feira, a análise das afirmações de Miguel Sousa Tavares.
O número um do artigo 328º do Código Penal estabelece que "quem injuriar ou difamar o Presidente da República, ou quem constitucionalmente o substituir é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa".
Já o número dois do mesmo artigo acrescenta que "se a injúria ou a difamação forem feitas por meio de palavras proferidas publicamente, de publicação de escrito ou de desenho, ou por qualquer meio técnico de comunicação com o público, o agente é punido com pena de prisão de seis meses a três anos ou com pena de multa não inferior a 60 dias".

MIGUEL SOUSA TAVARES ADMITE "EXCESSO"
Miguel Sousa Tavares já reagiu a esta notícia. O comentador e escritor considera normal que o Presidente da República tenha pedido à PGR para abrir um inquérito às suas declarações e admitiu ter sido "excessivo" nas palavras que proferiu.
Embora tenha referido que o político Cavaco Silva não lhe merece qualquer respeito, sublinhou que o mesmo não acontece em relação ao chefe de Estado.
Em declarações prestadas à agência Lusa, Miguel Sousa Tavares considerou ter-se tratado de um "deslize" pelo qual vai responder.

* Há quem pense muito pior...

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