15/05/2013

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HOJE NO
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PIB já leva uma queda acumulada 
de 7,3% em 30 meses

A Universidade Católica lembrou hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) português já leva uma queda acumulada de 7,3% em 30 meses (dez trimestres), destacando o "grau de risco" das atuais previsões oficiais sobre o indicador.


"Uma estabilização do PIB (crescimento trimestral nulo) até final do ano implicaria uma taxa de crescimento média anual em 2013 de -2,3%, o que ilustra o grau de risco associado às atuais previsões oficiais e a trajetória negativa recente da economia portuguesa", aponta documento do Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP) hoje divulgado.
Para 2013, as previsões do Governo e da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) apontam para um recuo do PIB de 2,3%.

O texto da Católica surge como análise aos dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), que indica que a economia portuguesa registou uma queda de 3,9% no primeiro trimestre de 2013 em relação a igual período do ano passado.
Esta queda do Produto Interno Bruto (PIB) revela uma aceleração da degradação da economia, já que no último trimestre de 2012 a economia tinha registado uma queda de 3,8% face aos últimos três meses de 2011.

Em termos de variação em cadeia, os dados hoje divulgados mostram que a economia portuguesa recuou 0,3% face ao último trimestre do ano passado, quando no último trimestre do ano passado tinha recuado 1,8% face ao trimestre imediatamente anterior.
A queda em cadeia entre janeiro e março "representa uma melhoria evidente face aos últimos trimestres", assinala a Católica.
A universidade adverte contudo que o desempenho económico de Portugal continua "muito dependente do comportamento da economia europeia, que registou nova contração no início do ano".
Nas previsões da primavera da Comissão Europeia, divulgadas a 03 de maio, era esperado que a economia portuguesa recuasse 0,1% no primeiro trimestre de 2013 face ao quarto timestre de 2012 e 3,7% face a igual trimestre de 2012.

Em ambos os casos, os dados revelados hoje na estimativa rápida do INE revelaram-se ligeiramente piores do que as previsões da Comissão Europeia.
Os dados divulgados pelo INE permitem ainda verificar que a última vez que a economia teve um desempenho tão negativo ocorreu no primeiro trimestre de 2009, com uma queda homóloga de 4,1%, sendo que no conjunto desse ano, a economia nacional recuou 2,9%.

* Radiografia da crise

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