HOJE NO
"PÚBLICO"
A partir de 1 de Maio vai ser proibido vender shots a menores de 18 anos
O decreto-lei que proíbe a venda e consumo de bebidas espirituosas ou
equiparadas a quem não tenha completado 18 anos de idade, publicado
nesta terça-feira em Diário da República, entra em vigor já no próximo dia 1 de Maio.
Para
quem beber fora da lei, as novas regras determinam apenas a notificação
dos encarregados de educação e das autoridades locais de saúde. Porém,
para os responsáveis pela venda ou disponibilização do álcool em
situação ilegal, as multas podem ir até aos 30 mil euros (se o infractor
for uma pessoa colectiva). A não afixação de avisos nos locais públicos
também implica o pagamento de multas que podem ir até aos 5500 euros.
Quando
o Governo anunciou a intenção de apresentar uma nova versão da nova lei
do álcool, foram muitos os especialistas que esperavam que essa
oportunidade fosse aproveitada para proibir todo o consumo de álcool
(independentemente do tipo de bebidas) a menores de 18 anos.
Lei aquém do esperado
O
próprio secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando
Leal da Costa, chegou a admitir essa hipótese e a proposta original
elaborada pelo SICAD (Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos
e Dependências, que veio substituir o Instituto da Droga e da
Toxicodependência) também não previa uma diferenciação da idade legal
para consumo de bebidas alcoólicas. Porém, a proposta do Governo não foi
tão longe quanto o esperado e acabou por não travar o consumo de
cerveja aos 16 anos, fazendo uma separação entre o vinho e cerveja e as
bebidas espirituosas. Numa decisão que foi interpretada por vários
especialistas como uma cedência a pressões do sector, o Governo acabou
também por reservar a interdição a menores de 18 anos apenas às bebidas
espirituosas (com teor alcoólico mais elevado). E não ousou também tocar
no preço do álcool.
Porém, de acordo com as novas regras, fica
proibida a venda de álcool em alguns estabelecimentos (como as bombas de
gasolina ou as lojas de conveniência), entre a meia-noite e as oito da
manhã.
Leal da Costa defende que a nova lei assume “de uma forma
muito clara que o álcool é um problema de saúde pública” e adianta que
os novos limites não visam “penalizar os consumidores”, mas antes
“dissuadir os estabelecimentos e os prevaricadores de insistirem na
venda de bebidas alcoólicas a menores de idade”.
Por isso, serão
só estes que terão de pagar o preço de uma infracção com coimas que vão
dos 500 a 3740 euros (no caso de se tratar de pessoas singular) e de
2500 a 30 mil euros (se o infractor for uma pessoa colectiva).
De
resto, no âmbito de acções de fiscalização (que deverão aumentar), as
autoridades podem, por exemplo, decretar o encerramento imediato do
estabelecimento durante um máximo de 12 horas em caso de flagrante
delito.
Pais vão ser notificados
Para os
menores que consumam álcool sem possuir a exigida idade legal, a
consequência desta violação será “a notificação da ocorrência ao
respectivo representante legal, nos casos em que os menores evidenciem
intoxicação alcoólica”.
A infracção terá também de ser comunicada
“ao núcleo de apoio a crianças e jovens em risco localizado no centro de
saúde ou no hospital da área de residência do menor ou, em alternativa,
às equipas de resposta aos problemas ligados ao álcool integradas nos
cuidados de saúde primários da área de residência do menor, nos casos de
reincidência da situação de intoxicação alcoólica, ou de
impossibilidade de notificação do representante legal”.
Com as
alterações agora aprovadas, Portugal passa a ser o quinto país europeu a
adoptar um sistema misto, em que a idade mínima legal para comprar ou
consumir álcool varia em função da bebida. A grande maioria (18) dos 27
países da UE proíbe a venda de todos os tipos de álcool a menores de 18
anos, três fazem-no a menores de 16 e apenas um usa os 17 anos como
idade mínima legal para beber.
* Foram os governos de PSD, PS e CDS que autorizaram continuadamente que miúdos com 16 anos e muito menos se embriagassem rápidamente com 3 ou 4 "shots" ultra alcoólicos, com bom paladar e baratos. Agora querem emendar embora com a maior permissividade. Quem está minimamente informado sabe que o álcool é veneno até à idade de 21 anos, altura em que o sistema nervoso termina a sua formação.
Claro que a embriaguês juvenil é responsabilidade primeira dos pais, porque com este ou qualquer outro governo pais que se prezem não permitem ingestão de álcool aos filhos.
Como podem lá fora acreditar em nós como povo se as autoridades portuguesas embebedam os nossos jovens.
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