04/04/2013

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HOJE NO
"PÚBLICO"

Miguel Relvas sai do Governo e Crato 
vai anular-lhe a licenciatura 

O gabinete do primeiro-ministro acaba de confirmar que o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, apresentou a sua demissão ao primeiro-ministro. O PÚBLICO confirmou que o ministro da Educação vai anular a licenciatura do agora ex-ministro.

O pedido de demissão foi apresentado nesta quinta-feira e acaba de ser confirmado pelo gabinete de Pedro Passos Coelho, que o aceitou.
Miguel Relvas marcou uma conferência de imprensa para as 16h30 para falar sobre o assunto.
"O gabinete do primeiro-ministro informa que o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, apresentou ao primeiro-ministro o seu pedido de demissão, que foi aceite", afirma o comunicado. "Em face desta situação, o primeiro-ministro proporá oportunamente ao Presidente da República a exoneração" do ministro e a nomeação do seu subtituto.
No mesmo comunicado, Passo Coelho "enaltece a lealdade e a dedicação ao serviço público" com que Relvas "desempenhou as suas funções, bem como o seu valioso contributo para o cumprimento do Programa de Governo numa fase particularmente exigente para o país e para todos os portugueses".
Pedro Passos Coelho, que já convocou uma reunião do Conselho de Ministro extraordinário para o fim-de-semana e pediu à sua equipa governamental para não se ausentar, vai esta tarde ser recebido por Cavaco Silva, como é habitual. para a reunião semanal das quintas-feiras.

Resto do Governo surpreendido
A demissão apanhou de surpresa os membros do Governo e também o círculo político do PSD, mas a saída do seu chefe de gabinete, Victor Sereno, há alguns meses, e de um outro assessor, davam já a entender que o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares estaria a esvaziar o gabinete, fazendo dispersar os seus mais fiéis colaboradores.
No Governo esperava-se que, a existir demissão, ela acontecesse só depois de ser tornada pública a decisão do Tribunal Constitucional sobre o Orçamento de Estado, o que deverá acontecer ainda esta semana.
Um outro dado que apontava para a saída de Relvas é o facto de a coordenação política do Governo, que estava sob a sua responsabilidade, já não funcionar há algum tempo.
Neste momento, a questão que se coloca é saber se a saída de Miguel Relvas irá precipitar ou não a remodelação governamental reclamada não só pelo CDS, parceiro de coligação da maioria, mas também por ministros e barões do PSD.

* Para o seu lugar sugerimos ao sr. Primeiro-ministro os nomes de Dias Loureiro, Duarte Lima, Oliveira e Costa e como última opção Isaltino Morais. Lembramos que para a melhoria das relações institucionais entre Belém e S. Bento melhor será uma das três primeiras sugestões.
Portugal é um país sui generis, depois de ter um "ex-considerado pedófilo", Paulo Pedroso adquire hoje um "ex-licenciado".

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