03/04/2013

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HOJE NO
" JORNAL DE NOTÍCIAS"

Paulo Campos acusa Governo 
de ter "queimado" 197 milhões 
de euros no túnel do Marão

O deputado socialista Paulo Campos acusou, esta quarta-feira, o primeiro-ministro de ter mentido sobre a construção do túnel ferroviário do Marão e contrapôs que este Governo já "queimou" 197 milhões de euros nessa obra. 

 Paulo Campos, ex-secretário de Estado dos executivos liderados por José Sócrates, falava na Assembleia da República, após Pedro Passos Coelho ter acusado o anterior Governo de ter emitido um despacho ruinoso sobre as condições em que o Estado assumia o pagamento dessa obra da autoestrada entre o Porto e Vila Real.

Pedro Passos Coelho especificou mesmo que esse despacho foi assinado pelos ex-secretários de Estado Costa Pina e Paulo Campos, o que levou este último a solicitar o recurso à figura regimental da defesa da honra.
Em declarações aos jornalistas, o deputado do PS Paulo Campos acusou Pedro Passos Coelho de ter "mentido aos portugueses ao atribuir responsabilidades a terceiros" sobre a polémica evolução da obra do túnel do Marão.
"Tratou-se de uma fuga às próprias responsabilidades do seu Governo. Durante estes últimos dois anos temos uma obra parada e o Estado queimou 197 milhões de euros nessa obra por exclusiva responsabilidade deste Governo", advogou.

Paulo Campos defendeu depois que o anterior Governo "não deixou nenhum documento que obrigasse o Estado a fazer o pagamento sem que antes estivesse executada a condição que era o próprio Estado a assumir-se no papel de concessionário, fazendo o resgate da concessão".
"Isso até ao momento não aconteceu", referiu o ex-secretário de Estado das Obras Públicas.
Paulo Campos fez ainda uma crítica indireta ao atual secretário de Estado das Obras Públicas, Sérgio Monteiro, dizendo que até hoje "foi escondida a razão que explica que as obras do túnel do Marão estejam paradas."

"A única razão que explica que o consórcio financiador não queira fazer o financiamento é porque considera que são baixas as taxas de juro contratadas com o Estado, e até ao momento o Estado não exigiu o cumprimento integral desse contrato de financiamento. Curiosamente, quem assinou esse contrato pelo lado dos privados é hoje o responsável por exigir o contrato de financiamento pelo lado público, coisa que não o faz até este momento", apontou.

* A megalomania de fachada de Socrates versus a megalomania de desculpabilização de Coelho, falta-lhe um bibe para regressar ao infantário.

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