29/04/2013

.

HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"

OCDE: 
“Europa fez muitos esforços, 
não vamos desperdiçá-los” 

 O economista-chefe da OCDE, Carlo Pier Padoan, alerta para o risco de se “morrer na praia” nos esforços de reforma e consolidação orçamental na Europa. “A forte resistência social vem no momento errado, porque estamos quase lá”, afirma. Em entrevista ao “The Wall Street Journal”, Padoan alerta para o “risco de que o cansaço com as reformas aumente significativamente, com os Governos a enfrentarem uma forte resistência social”. 


O que, segundo Padoan, “acontece num mau momento, porque estamos quase lá”. “A nossa mensagem é: fizemos muitos esforços na Europa, não permitamos que eles sejam desperdiçados”, atira. “A consolidação orçamental está a produzir resultados, as medidas dolorosas estão a produzir resultados”, que aproximam a Europa do “resultado notável” que será um crescimento económico sustentado. Para o economista da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), é recomendável que “se adopte um tom mais suave [na austeridade] mas continuar na mesma direcção". "Para que as reformas estruturais dêem frutos - mais crescimento e menor desemprego - precisamos de ter algum nível de actividade, de procura", diz Padoan. 

"Um trabalho mais suave de consolidação orçamental e um esforço contínuo de reformas poderia desencadear um círculo virtuoso, e isso tornaria os esforços mais aceitáveis" para os cidadãos. Padoan acrescentou que os líderes políticos têm de repensar a comunicação das políticas às suas populações. “Temos um problema com a comunicação”, diz. “É como se fosse uma situação em que iríamos fazer sempre mais do mesmo e nunca parar. Mas estamos a atingir resultados, e vamos ver cada vez mais resultados mais rapidamente do que esperamos”. 

 * O senhor Padoan está a dizer de modo velado que os políticos não vão a lado nenhum se não respeitarem as populações, porque, acreditando que alguns políticos queiram fazer bom trabalho para além de enriquecer, também morrem na praia, o povo morre à entrada, eles à borda de água. 

Sem comentários:

Enviar um comentário