JILL GALLARD

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Economia 

       de baixo carbono 

As alterações climáticas afectam-nos a todos. São uma ameaça fundamental à nossa prosperidade e segurança e continuam a ser uma prioridade para o Governo Britânico.

Uma economia de baixo carbono é a única opção para um crescimento sustentável. As decisões que tomarmos agora terão um efeito profundo sobre as gerações futuras. Por esta razão, o Reino Unido e Portugal têm trabalhado activamente em conjunto numa agenda de baixo carbono para 2013 e para o futuro. Na semana passada, a embaixada Britânica em Lisboa organizou uma exposição de tecnologias de baixo carbono para promover parcerias de negócios, reunindo empresas britânicas e portuguesas para falarem de oportunidades neste sector em todo o mundo.

No Reino Unido, as alterações climáticas e os recursos naturais são cada vez mais considerados como a base para o crescimento económico. Os choques climáticos já estão a ter impacto ao nível do PIB. O governo britânico está empenhado em conseguir a adaptação aos efeitos destas alterações, procurando reduzir as emissões de gases com efeito estufa, investindo em fontes de energia de baixo carbono, melhorando a qualidade dos combustíveis para automóveis e aumentando a eficiência energética.

Com a exposição que organizámos na semana passada, pretendemos promover as relações bilaterais para facilitar o acesso a oportunidades de negócio utilizando Portugal como plataforma para países de língua portuguesa (nomeadamente o Brasil); e a sensibilização das empresas portuguesas para oportunidades que venham a surgir no âmbito do Green Deal, uma iniciativa do governo britânico.

Esta iniciativa foi lançada no início do ano para permitir que famílias e empresas invistam, sem custos iniciais, em melhorias da eficiência energética das casas e dos edifícios, que deverão pagar-se a si próprias com a redução do consumo. O Reino Unido espera reduzir em 40% o seu consumo de energia até 2030; e pretende liderar este combate internacional contra as alterações climáticas, apoiando inclusivamente um aumento na meta na redução de emissões na UE para 30% até 2020.

Fomos o primeiro país no mundo a estabelecer uma meta juridicamente vinculativa em matéria de alterações climáticas através da Lei das Alterações Climáticas em 2008. Esperamos reduzir as nossas emissões de gases com efeito estufa em pelo menos 80% até 2050 (em comparação com 1990); e criar as condições para que as empresas e a sociedade civil possam cumprir o seu papel neste domínio.

A Agência de Comércio e Investimento Britânica (UKTI) em Portugal está a trabalhar em conjunto com empresas portuguesas para tirar o máximo partido das oportunidades ao longo deste processo de transição para o baixo carbono. Outros dos objectivos do UKTI consistem em atrair investimentos de alta qualidade para o Reino Unido; e reforçar a nossa posição como plataforma global de baixo carbono e destino de excelência para o comércio e investimento sustentáveis. Continuaremos a fazê-lo em estreita colaboração com Portugal, seja apoiando empresas britânicas a virem para cá, seja incentivando empresas lusas a investirem no Reino Unido.

Embaixadora do Reino Unido

IN "DIÁRIO ECONÓMICO"
22/03/13

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