21/03/2013

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Dez mil novos casos de cancro de pele

Dirigente revela número anual de novos casos e defende rastreio nos centros de saúde.

O secretário-geral da Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo, Osvaldo Correia, disse esta quarta-feira que em Portugal surgem anualmente mais de 10 mil novos casos de cancro de pele e propôs que o rastreio à doença se faça nos centros de saúde. 

Em declarações à Lusa, Osvaldo Correia defendeu que "o médico de família tem de se responsabilizar por este tipo de rastreio dos seus utentes, porque é impossível num só dia fazer rastreios de toda a população". O próximo rastreio nacional está agendado para 8 de maio, Dia do Euromelanoma, e decorrerá em diversos serviços de dermatologia.
"Tem de se ajudar as pessoas a fazer o autoexame e promover o exame periódico da pele na consulta de medicina familiar. Não basta ver as tensões arteriais, o colesterol, não basta palpar a mama, é preciso ver a pele de cima abaixo", frisou.
O secretário-geral da Associação Portuguesa do Cancro Cutâneo (APCC) falava à Lusa a propósito do Congresso "Sol, Pele e Cancro Cutâneo em 2013" que se realiza sábado na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto. A principal mensagem que a APCC pretende transmitir é a da "prevenção, do diagnóstico precoce e da acessibilidade terapêutica".
"Pretendemos a mobilização de todos nesta tarefa de sensibilização da população em geral e dos médicos de família e da medicina do trabalho para o diagnóstico precoce. É também nosso objetivo alertar os grupos parlamentares, que estão na Comissão Parlamentar de Saúde, para a temática do cancro, da prevenção, diagnóstico precoce e da acessibilidade aos tratamentos inovadores que estão a surgir", sublinhou.

Com este propósito foram convidados para participar no congresso o diretor Geral de Saúde, Francisco George, e o presidente da Comissão Parlamentar da Saúde, Couto dos Santos. "Felizmente, quer nos carcinomas, quer nos melanomas, estão a surgir novas e eficazes terapêuticas. As autoridades têm de ter noção da evolução deste tipo de fármacos para que as pessoas possam usufruir destas mesmas terapêuticas", disse. 

* A maior parte dos cancros de pele acontecem por imprevidentes exposições ao sol.

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