20/03/2013

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HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
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INE. 
Mercado de trabalho traz 
infelicidade aos portugueses 

O trabalho e o emprego são, cada vez mais, uma fonte de infelicidade para os portugueses. 

A esmagadora maioria dos indicadores relativos a “Emprego e Remunerações”, na dimensão “Participação e inclusão social”, que servirão para apurar o futuro índice de bem-estar em Portugal registaram quebras muito significativas nos últimos sete anos, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a publicação dedicada ao "Dia Internacional da Felicidade", que hoje se celebra, o INE explica que "estimulado por iniciativas de organizações internacionais e de outros países de todo o mundo — do Canadá, ao Brasil e a Timor — e pelo desafio lançado pelo Relatório Stiglitz/Sen/Fitoussi, o Instituto Nacional de Estatística tem vindo a desenvolver um Índice de Bem-estar para Portugal. Este Índice estrutura e analisa uma bateria de indicadores associados ao bem-estar e agrega-os em vários domínios de análise, que permitam quantificar o nível de bem-estar das famílias".

Na construção do índice foram "identificados cerca de 90 indicadores estatísticos, alicerçados em duas grandes perspetivas de observação, por sua vez subdivididas em 10 domínios de monotorização".
Hoje, o INE disponibiliza já os dados entre 2004 e 2011 relativos ao domínio “Emprego e Remunerações”, na sua dimensão “Participação e inclusão social”. As observações refletem o bem-estar subjacente às condições materiais de vida na parte relativa a trabalho e remunerações.

A evolução é clara: quatro dos cinco indicadores escolhidos caíram abruptamente desde 2004. A parte do bem estar que corresponde à taxa de desemprego piorou 47,2%, a do indicador relativo à precariedade "Proporção de trabalhadores por conta de outrem com 25 e mais anos com contrato de trabalho com termo (no total do número de trabalhadores por conta de outrem)" agravou-se em 29,3%, a subdimensão do bem-estar ligada à "proporção de desempregados de longa duração (12 e mais meses)" piorou 14,3% e o índice da "taxa de emprego" recuou 7,4%.
A única subdimensão que melhorou foi a do "rácio taxa de desemprego no ensino superior/taxa de desemprego até ao ensino básico - 3º ciclo", que subiu 14,3%, segundo os dados do INE.
O instituto acrescenta que "o Índice de Bem-estar, enquanto barómetro do nível de bem-estar económico e social das famílias poderá vir a constituir um instrumento para promoção do exercício da cidadania, bem como um quadro de referência para a definição de políticas publicas que favoreçam a qualidade de vida e o progresso social".

Os cerca de 90 indicadores que vão dar corpo ao índice de bem-estar nacional estão distribuídos por dois grandes temas e 10 domínios estatísticos.
O primeiro tema é "Condições materiais de vida" e mede os domínios "Bem-estar económico; Vulnerabilidade económica; Trabalho e remunerações".
O segundo tema é "Qualidade de vida" e medirá o bem-estar  através dos domínios "Saúde; Balanço vida-trabalho; Educação, conhecimento e competências; Relações sociais e bem-estar subjetivo; Participação cívica e governação; Segurança e criminalidade; Ambiente".

* Por isso somos um povo triste, tristíssimo.

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