HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Consumo de estimulantes legais
sofreu aumento ímpar
Enquanto o consumo de drogas tradicionais estabilizou ou decresceu, os
"estimulantes legais" têm tido um aumento "sem precedentes", segundo o
relatório da Agência Internacional de Controlo de Drogas (International
Narcotics Control Board - INCB), hoje divulgado em Viena.
De acordo com o relatório anual da INCB, uma agência da ONU, estes estimulantes legais, que têm efeitos similares ao da canábis, do ecstasy e das anfetaminas, representam um grande perigo para a saúde pública.
De acordo com o relatório anual da INCB, uma agência da ONU, estes estimulantes legais, que têm efeitos similares ao da canábis, do ecstasy e das anfetaminas, representam um grande perigo para a saúde pública.
Essas
substâncias, que se compram pela Internet ou em estabelecimentos
legais, camuflados como "fertilizantes" ou "sais de banho", são um
desafio crescente para as autoridades.
Este novo tipo de droga,
também conhecida como "estimulantes naturais", é muito difícil de
rastrear, já que não utilizam componentes ilegais, ainda que a sua
composição seja muito prejudicial à saúde e possa matar.
O
relatório assegura que, no princípio da década passada, na Europa eram
identificadas cinco substâncias sintéticas novas por ano, mas já em 2011
detetaram-se 49 novos estimulantes.
Além destas drogas, a INCB --
a agência da ONU que vela pelo cumprimento dos acordos internacionais
sobre drogas -- alertou para o aumento do uso indevido de medicamentos
com receita, especialmente tranquilizantes e sedativos, que se
converteram "numa grave ameaça sanitária e social em muitos países".
Entre
as drogas tradicionais, a mais procurada é a canábis, que foi
consumida, no último ano, por cerca de 4,5% da população adulta do
mundo.
Os três principais produtores de cocaína são Colômbia (64
mil hectares), Peru (62.500 hectares) e Bolívia (27.200 hectares). Na
América do Sul, uma superfície de 153.700 hectares foi plantada com o
arbusto da coca em 2011, um pouco menos em relação aos 154.200 hectares
em 2010.
No entanto, os esforços da Colômbia no combate ao cultivo
da coca e a fabricação da cocaína, que desceu 47% entre 2006 e 2010,
foram elogiados pela agência da ONU.
A violência relacionada com o
tráfico de cocaína continua na América Central e no México, que são
rotas da droga para os Estados Unidos, o maior mercado mundial.
O aumento do narcotráfico é proporcional ao crescimento da corrupção e dos homicídios nestas regiões, segundo o relatório.
As
recentes propostas para a descriminalização da canábis e a mastigação
da folha da coca feitas por países latino-americanos são vistas com
preocupação e rejeição por parte da INCB.
Os maiores mercados para
as drogas seguem sendo a Europa e a América do Norte e esta última
região tem o maior número de mortes relacionadas com os estupefacientes
(uma em cada 20 mortes de pessoas entre 15 e 64 anos).
A INCB
indicou ainda que "vê com grande preocupação" a aprovação, em novembro,
dos referendos sobre a venda legal de canábis no Colorado e em
Washington.
O cultivo da terceira droga clássica, o ópio,
concentra-se no Afeganistão, onde se observa um aumento da plantação em
2012, cerca de 154 mil hectares, 18% a mais do que no ano anterior.
* Que se desengane quem pense que há drogas boas, são todas más e os que as consomem começam por ser uns grandes otários.
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