07/03/2013


 HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Rui Rio quer dinheiro do Governo
 antes do dia 20 

 A Porto Vivo está desde dia 1 de dezembro sem presidente do conselho de administração, depois de Rui Moreira ter renunciado. 

O presidente da Câmara do Porto disse continua a “acreditar” que até à assembleia-geral da Porto Vivo – Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) conseguirá resolver com o Governo a questão da dívida estatal à empresa: O Governo deve há dois anos 2,4 milhões de euros à SRU e prometeu pagá-los em março de 2012. “Há a assembleia-geral marcada para o dia 20 de março. 
 Continuo a acreditar que se consiga, até lá, resolver aquilo que já devia estar resolvido há dois anos”, afirmou Rui Rio aos jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração de um banco de troca gratuita de manuais escolares no Gabinete do Munícipe. Questionado se já tinha conhecimento da pessoa que deverá ser indicada pelo Governo para presidir a SRU, Rio referiu que esse é um assunto que “deve ser feito em consenso”. 

“Até à data consegui com todos os governos que os nomes fossem por consenso, independentemente de serem mais do PS, mais do PSD ou mais do CDS, mas não sei se com este é possível”, confidenciou. Na passada sexta-feira, a Câmara do Porto acusou o Governo de “pretender que o IHRU (Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana) abandone a Porto Vivo”. A Porto Vivo está desde dia 1 de dezembro sem presidente do conselho de administração, depois de Rui Moreira ter renunciado ao cargo, e aguarda desde março de 2012 que o Governo cumpra o compromisso de saldar a dívida. O IHRU detém 60% da SRU, sendo o restante capital da Câmara Municipal do Porto. 

Na quarta-feira, em comunicado, a autarquia acusou o Governo de contradição quando fala em complementar austeridade “com crescimento económico e emprego”, ao mesmo tempo que dificulta investimentos públicos com “efeitos multiplicadores” na economia e no investimento privado. Em causa está o “efeito multiplicador direto” da ação da SRU que o executivo de Pedro Passos Coelho “tem vindo a combater”, alertou o município. Para a Câmara do Porto, o país “não se compadece com a criação de dificuldades a projetos desta natureza, sob pena de continuar a afundar-se económica e socialmente”.

* Sem papas na língua

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