05/03/2013

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HOJE NO
"PÚBLICO"

Vítor Gaspar diz que extensão de 15 anos aos empréstimos é "inconcebível"

Vítor Gaspar afirmou que a extensão dos prazos para o reembolso dos empréstimos a Portugal e Irlanda será certamente inferior a 15 anos, acrescentando de seguida que basta uma solução “mais modesta”.
Em declarações prestadas no final do encontro do Ecofin desta terça-feira, o ministro das Finanças disse que a possível extensão de 15 anos “antecipada” na véspera pelo ministro das Finanças irlandês é “inconcebível” e que se trata apenas de “uma posição negocial, e não uma previsão do que será o resultado dessa negociação”.
O ministro sustentou que o importante é "favorecer as condições que permitam o próximo passo" no processo de regresso pleno aos mercados da dívida a longo prazo. Nesse sentido, Vítor Gaspar apontou para o objectivo de fazer uma emissão bem-sucedida a 10 anos.
Vítor Gaspar recordou que o que está agora em cima da mesa é “um mandato para a troika, que irá analisar as condições necessárias para assegurar uma saída bem-sucedida do programa”.

Em relação à data de uma possível decisão, Vítor Gaspar indicou que, em conversa com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e com o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, “poderá ser possível” chegar a uma decisão já no conselho informal de ministros das Finanças a 12 e 13 de Abril.

"O apoio político dos nossos parceiros europeus tem uma grande importância para nós e dá-nos garantias de protecção contra riscos na evolução da economia europeia e mundial, sendo que estes mecanismos de seguro e protecção estão dependentes do nosso cumprimento das condições acordadas com os nossos credores internacionais", apontou ainda Vítor Gaspar.

Os ministros das Finanças da União Europeia anunciaram nesta terça-feira que estavam favoráveis aos pedidos de prolongamento português e irlandês para o reembolso de parte dos empréstimos europeus.

No entanto, os líderes europeus não se comprometeram com o prolongamento dos prazos e entregaram à troika a responsabilidade de determinar os moldes de alívio para a agenda de financiamento de Portugal e Irlanda.

* Já estamos habituados a que o senhor ministro das Finanças se contradiga pouco tempo depois de proferir uma asneira. A dívida contraída com a troika não estará paga em 2030, quem cá ficar que verifique.

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