HOJE NO
"PÚBLICO"
Vítor Gaspar diz que extensão de 15 anos aos empréstimos é "inconcebível"
Vítor Gaspar afirmou que a extensão dos prazos para o reembolso dos
empréstimos a Portugal e Irlanda será certamente inferior a 15 anos,
acrescentando de seguida que basta uma solução “mais modesta”.
Em declarações prestadas no final do encontro do Ecofin desta
terça-feira, o ministro das Finanças disse que a possível extensão de 15
anos “antecipada” na véspera pelo ministro das Finanças irlandês é
“inconcebível” e que se trata apenas de “uma posição negocial, e não uma
previsão do que será o resultado dessa negociação”.
O ministro sustentou que o importante é "favorecer as condições que
permitam o próximo passo" no processo de regresso pleno aos mercados da
dívida a longo prazo. Nesse sentido, Vítor Gaspar apontou para o
objectivo de fazer uma emissão bem-sucedida a 10 anos.
Vítor Gaspar recordou que o que está agora em cima da mesa é “um mandato para a troika, que irá analisar as condições necessárias para assegurar uma saída bem-sucedida do programa”.
Em relação à data de uma possível decisão, Vítor Gaspar indicou que, em
conversa com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e com o
comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, “poderá ser
possível” chegar a uma decisão já no conselho informal de ministros das
Finanças a 12 e 13 de Abril.
"O apoio político dos nossos parceiros europeus tem uma grande
importância para nós e dá-nos garantias de protecção contra riscos na
evolução da economia europeia e mundial, sendo que estes mecanismos de
seguro e protecção estão dependentes do nosso cumprimento das condições
acordadas com os nossos credores internacionais", apontou ainda Vítor
Gaspar.
Os ministros das Finanças da União Europeia anunciaram nesta terça-feira que estavam favoráveis aos pedidos de prolongamento português e irlandês para o reembolso de parte dos empréstimos europeus.
No entanto, os líderes europeus não se comprometeram com o prolongamento dos prazos e entregaram à troika a responsabilidade de determinar os moldes de alívio para a agenda de financiamento de Portugal e Irlanda.
* Já estamos habituados a que o senhor ministro das Finanças se contradiga pouco tempo depois de proferir uma asneira. A dívida contraída com a troika não estará paga em 2030, quem cá ficar que verifique.
Sem comentários:
Enviar um comentário