HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
DCIAP deduz acusação contra Amplimóveis liderada por Arlindo Carvalho
Em causa estão os crimes de burla qualificada, abuso de confiança e fraude fiscal qualificada. E mais nove arguidos num dos casos do BPN.
O Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), ainda
liderado por Cândida Almeida, deduziu acusação contra mais nove arguidos
no caso BPN, incluindo uma empresa que se dedica à compra, venda e
exploração de imóveis, a Amplimóveis que é presidida pelo antigo
ministro da Saúde, Arlindo de Carvalho, também constituído arguido num
dos casos que integra o chamado "dossier BPN". A PGR não identifica
nenhum dos arguidos, avançando apenas que estão em causa crimes de burla
qualificada, abuso de confiança e fraude fiscal qualificada.
Em causa está um processo que teve origem numa queixa crime do
BPN/SLN e que se prende com uma série de negócios imobiliários em que
surgem directamente implicados, o antigo presidente do banco, José
Oliveira e Costa, o seu braço direito Francisco Sanches
(ex-administrador do BPN e SLN), Luís caprichoso (ex-administrador do
BPN e SLN), Arlindo de Carvalho, o ex-sócio deste José Neto, Ricardo
Oliveira, um advogado que liderou uma série de negócios imobiliários do
BPN/SLN e José Monteverde, ex-presidente da ParqueInvest Imobiliária
(grupo BPN/SLN).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) rectificou hoje em comunicado
que o DCIAP deduziu acusação "contra nove [e não cinco como avançou
inicialmente] arguidos, um deles pessoa colectiva" - a Amplimóveis,
apurou o Económico, empresa presidida por Arlindo Carvalho e que, em
2011, contava com activos de 6,4 milhões de euros, um passivo de perto
de quatro milhões de euros e ainda financiamentos de 2,7 milhões de
euros. Segundo a PGR, "foi deduzido pedido cível no montante de
15.385.949,69€".
Segundo apurou o Económico, o processo em causa teve origem numa
queixa apresentada pelo grupo BPN/SLN no qual são referidos factos
relacionados com vários negócios que envolviam financiamentos para a
aquisição de bens imóveis ou de sociedades detentoras de imóveis,
enquanto outro tipo de operações, que envolvem alguns destes arguidos,
que se relacionam com financiamentos para aquisição de acções, visando o
controlo accionista das principais entidades operacionais do grupo
BPN/SLN, deram origem a outro processo autónomo.
No comunicado inicial, divulgado ao início da tarde e assinado por
Cândida Almeida, que termina a 8 de Março a sua comissão de serviço na
direcção do DCIAP, informa-se que "no âmbito do chamado "dossier BPN",
foi deduzida acusação contra cinco arguidos, um deles pessoa colectiva".
Já a meio da tarde, o DCIAP veio corrigir a informação sobre a acusação
deduzida: "informamos que, por lapso, mencionámos que teria sido
deduzida acusação contra 5 (cinco) arguidos quando na realidade são 9
(nove) arguidos".
Até ao momento não foi possível obter esclarecimentos adicionais da PGR.
* Mais um amigo de Cavaco Silva, lá diz o ditado, "Diz-me com quem...."
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