07/02/2013

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 HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Linha ferroviária para Madrid vai custar 700 milhões e será exclusiva para mercadorias 

 Sérgio Monteiro assegurou hoje que o fim do projecto do TGV tal como estava planeado pelo anterior Governo é uma “decisão irreversível”. O novo projecto exclui o transporte de passageiros na linha que vai ser construída até Madrid e representa uma redução de 80% no investimento previsto.
DE SINES PARA A EUROPA

O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, anunciou hoje os detalhes do projecto do Executivo para a construção da linha de transportes de mercadorias que ligue os portos nacionais a Madrid.

Em conferência de imprensa, Sérgio Monteiro esclareceu que, tal como estava concebido, o projecto do “TGV morreu e é uma decisão irreversível”. O novo projecto passa por criar uma linha ferroviária de mercadorias, que ligue os portos de Lisboa, Setúbal e Sines a Madrid e daí até ao resto da Europa.

“O nosso compromisso é transportar mercadorias para a Europa e não passageiros para Madrid”, esclareceu Sérgio Monteiro.

O secretário de Estado detalhou que este projecto vai permitir reduzir os custos de exportação em 40%, aumentar a capacidade de carga dos comboios em 80% e contribui para o processo de privatização da CP Carga.

Segundo o mesmo responsável, este projecto reduz o investimento antes previsto em 80% e a contrapartida nacional (financiamento através do Orçamento do Estado) em 95%.

O projecto delineado pelo Governo de José Sócrates representava um investimento de 4.276 milhões de euros, sendo que este prevê um investimento máximo de 690 milhões de euros. A contrapartida nacional era de 3.339 milhões de euros, sendo que no novo projecto é de 175 milhões de euros (95%).

Sérgio Monteiro aproveitou ainda para assegurar que Portugal não perderá fundos das redes transeuropeias, que serão utilizadas nesta linha de transporte de mercadorias.
Esclareceu ainda que com este novo projecto, não será construída uma nova ponte sobre o Tejo, nem uma linha dedicada para o TGV. O lançamento do projecto deverá acontecer em 2015, sendo numa primeira fase confinado aos portos do sul do País, mas o objectivo passa por estender a Norte o projecto.

* Mais um negócio, não sabemos a favor de quem, mas uma linha ferroviária moderna apenas de mercadorias, para um país  que pouco produz, é mais uma vez a montanha a parir um rato.

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