03/02/2013

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ESTA SEMANA NO
"VIDA ECONÓMICA"

ARAN ironiza e pergunta 
se Portugal é um país de ricos? 

Em reação às vendas de janeiro e performance das marcas “premium” 

Subida de 0,7% das vendas foi, em grande dose, sustentada pela performance daquelas marcas, segundo a associação.
O crescimento que as marcas “premium” registaram em janeiro leva a Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) a questionar se “será Portugal um país de ricos?”. Num comunicado enviado às redações, a entidade defende que “os números das vendas automóveis novos em Portugal no mês de janeiro dizem bem do que tem sido a política económica e fiscal dos governos ao longo dos últimos anos”.

A ARAN recorda que as matrículas de ligeiros de passageiros “tiveram um leve aumento de 0,7%, para 7007 veículos”, mas avisa que “essa subida foi, em grande dose, sustentada pela performance” daquelas marcas. “A Audi subiu 19,1% (para 512 carros), a BMW cresceu 39% (para 602 unidades) e a Mercedes disparou 70,3% (para 562 viaturas). Aliás, no ‘top’ das dez marcas mais vendidas em Portugal estão três marcas ‘premium’”, indica a nota da associação, antes de indicar que “apenas a líder de mercado Renault conseguiu crescer a níveis semelhantes” (22,6%, para 726 unidades).

A entidade presidida por António Teixeira Lopes clarifica que “nada tem contra as marcas ‘premium’, que desenvolvem a sua atividade comercial o melhor que podem, aproveitando as oportunidades”. A ARAN defende que, esta realidade indica que “a classe média continua a desaparecer em Portugal, devido às políticas praticadas”. “Se os governantes pensavam que era com esta política fiscal que equilibravam a balança de transações do país estavam – a estatística de vendas prova-o – redondamente enganados, pois embora as vendas baixem, o valor das importações não desce proporcionalmente”, acrescenta o comunicado.

A ARAN sugeriu, em 2012, que o Governo baixasse o ISV dos segmentos A, B e C e se caso tivesse de existir aumento do ISV, que este apenas afetasse os segmentos superiores. “O Governo não nos deu ouvidos, preferindo penalizar, uma vez mais, a classe média”, conclui esta associação do setor automóvel.

*   A classe média é sempre a crucificada

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