14/02/2013

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Camarate: Amaro da Costa 
“andava armado” 

 O eurodeputado do CDS e presidente da VIII comissão de inquérito à tragédia de Camarate, Nuno Melo, afirmou esta quinta-feira que o ministro da Defesa, o centrista Adelino Amaro da Costa, “andava armado”, mas nunca foi encontrada, nem mesmo entre os destroços da queda do avião que o vitimou e ao primeiro-ministro, Sá Carneiro, a 4 de dezembro de 1980.

Na X comissão de inquérito, Nuno Melo explicou a sequência dos factos apurados na comissão a que presidiu e destacou uma cronologia: no início de 1980, a tutela de armamento regressa à esfera do ministro da Defesa, depois de ter estado nas mãos das chefias militares, designadamente, do diretor nacional de armamento.
Ao CM, Nuno Melo recorda que Amaro da Costa inviabilizou, então, várias operações de negócios com armamento: em abril de 1980 para a Guatemala e em Agosto  para a Indónesia.
Mais, a “2 de dezembro pede informações com urgência sobre a venda de armas ao Irão”. Depois, a 4  de dezembro de 1980, ou seja, dois dias depois, um Cessna que transportava o ministro e o primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, cai no aeroporto da Portela. Ambos morreram, além de familiares e membros dos gabinete e tripulação.
A 5 de dezembro de 1980, lembra Nuno Melo, há registo, num livro com documentos classificados, dá –se conta que as operações com negociações de armamento voltam às  mãos do diretor nacional de armamento. Por fim, há ainda registos de 9 de dezembro e 21 de janeiro de 1981 da operação com o Irão.
Por isso, Nuno Melo sustenta que devem ser feitas diligências para ouvir chefias militares da época, responsáveis de armamento e também políticos para averiguar tudo que se passou em torno do Fundo do Ultramar. 


* Camarate explosivo...

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