24/01/2013

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HOJE NO
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BE quer referendo à privatização 
da água e acusa governo de 
ter intenção "disfarçada"

O BE acusou hoje o Governo de querer começar "de modo disfarçado" a privatização do setor da água e apresentou uma proposta para a realização de um referendo nacional, defendendo que este "é um bem universal e público".

"Queremos chamar todos os portugueses e portuguesas a pronunciarem-se se entendem que deve ser privatizado de modo disfarçado, como o Governo pretende fazer, o setor do abastecimento das águas, entendemos que a água é um bem público, um bem universal, escasso e de enorme valor e que não deve ser privatizado", afirmou o deputado bloquista Luís Fazenda no Parlamento.
O projeto de resolução do BE é discutido na sexta-feira de manhã, conjuntamente com uma proposta do Governo regula o regime de acesso da iniciativa económica privada a determinadas atividades económicas.

Fazenda advertiu que esta proposta do executivo "permite concessionar a privados a gestão da água", o que "é um modo de privatizar": "É negativo que a água se transforme numa mercadoria e num bem que será objeto da especulação de interesses privados de vário tipo, inclusivamente multinacionais".
"Nós queremos que a água se mantenha inteiramente pública, é um direito reconhecido pelas Nações Unidas (...) Entendemos que deve permanecer sob gestão pública e que deve ser um bem comum a todos os portugueses e portuguesas, a todos os cidadãos e cidadãs", reforçou.

O antigo líder parlamentar bloquista defendeu que a gestão pública deste setor impedirá "aumentos brutais de tarifas como já se promete", "circunstâncias de discriminação no acesso à água consoante os pontos do território" ou falta de "investimento para que haja proteção dos recursos".
Na sexta-feira é também discutida na Assembleia da República uma proposta do PCP para vedar o acesso de empresas privadas às atividades económicas de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos sólidos urbanos.

* A água deve ser um bem inalianável, sujeita a rigorosa gestão, não haverá nenhuma entidade reguladora capaz de gerir a "hidro-cowboyada" dos privados que são sempre os  mesmos que compram tudo, chineses, árabes e angolanos.

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