Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
16/09/2012
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA
DE LEUCEMIAS E LINFOMAS
Inscreva-se como sóci@ da APLL por apenas € 5/ano. As verbas que recolhidas através dos novos sócios ou donativos revertem integralmente a favor dos doentes: oferecemos pijamas, uma vez que o tratamento de quimio e radioterapia os leva a transpirar imenso, pelo que têm de trocar de pijama várias vezes ao dia; oferecemos um plafond de 200/250 euros/mês, conforme o caso, para compra de medicamentos em farmácia por doentes carênciados, que permitam complementar o tratamento ambulatório - estes casos são analisados pela assistente social do IPO do Porto e remetidos para a APLL.
Dadores de Sangue
As colheitas de sangue podem salvar vidas. Os doentes sujeitos a tratamentos de quimio, rádio e imunoterapia precisam, muitas vezes, de transfusões de sangue aquando do tratamento.
Dadores de Medula
O registo como dador de medula óssea não traz benefícios directos ao dador. No caso de se encontrar um dador compatível com um doente que precise de transplante, o dador poderá, ou não avançar com o processo de dádiva. Nos dias de hoje, o processo é extremamente simples e indolor, podendo ajudar a salvar uma vida.
Associação Portuguesa
de Leucemias e Linfomas
Clinica Oncohematologia
R. Dr. António Bernardino de Almeida,
4200-072 Porto
Tel. 225 084 000 - ext. 3100 | 93 440 50 12
E-mail: geral@apll.org
Associação Portuguesa Contra a Leucemia
Rua D. Pedro V - nº 128
1250-095 Lisboa
Tel: 213 422 204/05
Fax: 213 422 206
E-mail: apcl@contraleucemia.org |
Web: http://www.contraleucemia.org
CEDACE – Registo Português
de Dadores de Medula Óssea
Centro de Histocompatibilidade do Norte
Pavilhão "Maria Fernanda"
R. Dr. Roberto Frias
4200-467 Porto
Tel: 225 573 470
Fax: 225 501 101
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Tracy Chevalier
Encontrar a história
dentro da pintura
Quando Tracy Chevalier observa pinturas, ela imagina as histórias por
trás das mesmas: Como é que o pintor conheceu o seu modelo? O que pode
explicar aquele olhar nos seus olhos? Porque está aquele homem...
ruborizado? Ela partilha três histórias inspiradas em retratos,
incluindo a que levou ao seu romance de enorme sucesso "Rapariga com
Brinco de Pérola".
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JOHN DUPRÉ
A crise bem-vinda
na teoria evolucionista
Aqueles que acreditam que um ser sobrenatural criou o universo nunca constituíram um desafio intelectual à teoria evolucionista.
Mas os criacionistas, quer sejam
fundamentalistas bíblicos ou crentes no “design inteligente”,
representam uma ameaça ao pensamento científico. Na verdade, o talento
especial traiçoeiro do criacionismo reside na sua capacidade de
reinventar a evolução à sua própria imagem, como um sistema de crenças
dogmáticas – e, portanto, a antítese da ciência.
Os criacionistas
estão certos numa coisa: ao contrário da impressão que é dada em muito o
que se escreve sobre o assunto, a teoria da evolução está em crise. Mas
isto é um desenvolvimento positivo, pois reflecte o progresso
não-linear do conhecimento científico, caracterizado por aquilo que
Thomas Kuhn descreveu no seu influente livro The Structure of Scientific Revolutions como “mudanças de paradigma”.
Durante
os últimos 70 anos, o paradigma dominante na ciência evolucionista tem
sido a chamada “nova síntese”. Amplamente divulgada nos últimos anos
pelo biólogo evolucionista de Oxford, Richard Dawkins, a nova síntese
combina a teoria de Darwin da selecção natural com a genética
mendeliana, o que explica a hereditariedade.
A actual crise na
ciência evolucionista não implica a completa rejeição deste paradigma.
Em vez disso, ela ocasiona uma reorganização progressiva, muito
importante, do conhecimento existente, sem comprometer os princípios
fundamentais da teoria evolucionista: os organismos vivos de hoje
desenvolvem-se a partir de organismos significativamente diferentes do
passado distante; os organismos diferentes podem partilhar antepassados
comuns; e a selecção natural tem desempenhado um papel crucial neste
processo.
Outras suposições estão, no entanto, sob ameaça. Por
exemplo, na representação tradicional da evolução, “árvore da vida”, os
ramos afastam-se sempre, nunca se fundem, o que implica que a linhagem
das espécies segue um caminho linear e que todas as mudanças
evolucionistas ao longo deste caminho ocorrem dentro da linhagem que
está a ser traçada. Mas um exame de genomas – particularmente dos
micróbios – mostrou que o movimento dos genes entre organismos com
relações de parentesco afastadas é um importante catalisador da mudança
evolucionista.
Além disso, a nova síntese presume que os
principais motores da evolução são pequenas mutações geradas ao acaso
dentro de uma espécie. Mas indícios recentes sugerem que as grandes
mudanças, causadas pela absorção de uma porção de material genético
estranho, podem ser significativas. Na verdade, a absorção de organismos
inteiros – tais como as duas bactérias que formaram a primeira célula
eucariótica (o tipo de célula mais complexa encontrada em animais
multicelulares) – pode gerar uma grande e crucial mudança evolucionista.
O
que desestabiliza ainda mais a teoria evolucionista é a crescente
percepção de que muitos factores, não apenas o genoma, determinam o
desenvolvimento de um organismo individual. Ironicamente, tal como a
descoberta da estrutura do DNA – inicialmente elogiada como o acto final
no triunfo da nova síntese – levou a uma melhor compreensão do
funcionamento dos genomas, também acabou por enfraquecer a crença no seu
papel único em orientar o desenvolvimento biológico. Aqueles que
durante muito tempo lamentaram a omissão do desenvolvimento a partir de
modelos evolucionistas – uma crítica antiga feita durante décadas sob a
bandeira científica da biologia evolucionista do desenvolvimento
(“evo-devo”) – juntamente com a persistência de que o desenvolvimento de
organismos se baseia numa grande variedade de recursos, têm sido
ilibados.
Recentes desenvolvimentos na biologia molecular
pregaram o último prego no caixão do determinismo genético tradicional.
Por exemplo, a epigenética – o estudo das modificações hereditárias do
genoma que não envolvem alterações do código genético – está a aumentar.
E os vários tipos de pequenas moléculas RNA são cada vez mais
reconhecidos como formadores de uma camada reguladora por cima do
genoma.
Além de enfraquecer as teorias da evolução centradas no
gene que têm dominado a consciência pública por várias décadas, estes
desenvolvimentos exigem novas estruturas filosóficas. As tradicionais
visões reducionistas da ciência, com os seus pontos de convergência nos
mecanismos “em pirâmide”, não são suficientes na busca da compreensão da
causalidade dedutiva e circular e de um mundo de processos
aninhados.Isto traz-nos de volta ao ponto por onde começámos. Repensar
radicalmente a teoria evolucionista atrai, invariavelmente, a atenção
dos criacionistas, que alegremente anunciam que se os profissionais
defensores do darwinismo não chegam a um acordo, o conceito deve ser
afastado. E, os evolucionistas, confrontados com esta reacção, tendem a
colocar as carroças em círculo e a insistir que todos estão de acordo.
Mas
nada mais demonstra tão claramente que a ciência e o criacionismo são
polos opostos do que a última suposição de que os sinais do desacordo
falharam. De facto, o desacordo – e as percepções mais profundas que
resultam dele – permite novas abordagens para a compreensão científica.
Para a ciência, ao contrário dos sistemas de crenças dogmáticas, o
desacordo deve ser incentivado.
O actual contratempo na teoria
evolucionista – e a nossa incapacidade de prever onde é que a área do
saber estará em 50 anos – são um motivo de comemoração. Devemos deixar
os criacionistas com as suas convicções ocas e encarar com felicidade as
incertezas inerentes, numa abordagem verdadeiramente empírica para
compreender o mundo.
John Dupré é professor de Filosofia da Ciência e director do ESRC Center for Genomics in Society, na Universidade de Exeter.
Tradução: Project Syndicate
IN "PÚBLICO"
12/09/12
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É SOLIDÁRIO?
Centenas de milhões de crianças que vivem em
cidades grandes e pequenas na sequência de uma urbanização galopante,
vêem-se excluídas do acesso a serviços essenciais, alerta a UNICEF no
relatório Situação Mundial da Infância 2012: Crianças no Mundo Urbano.
O crescimento da urbanização é inevitável. Dentro de poucos anos, a maioria das crianças irá crescer em cidades e não nos meios rurais. Actualmente as crianças nascidas nas cidades já representam 60 por cento do aumento da população urbana.
“Excluir as crianças que vivem em bairros degradados não apenas lhes rouba a possibilidade de desenvolverem o seu potencial, como também priva a sociedade dos benefícios económicos resultantes de uma população urbana instruída e saudável”, acrescentou Lake.
No entanto, milhões de crianças – a maioria das quais na África subsaariana e Sul da Ásia – morrem todos os anos antes dos cinco anos, em grande maioria devido a causas evitáveis. Em 2010, taxa de mortalidade desta faixa etária foi de 57/1.000 nados vivos.
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Um desafio lançado ao mundo....
O Apelo à Acção é um desafio lançado à comunidade internacional para reduzir a mortalidade infantil para 20/1.000 nados vivos, ou menos, em todos os países até 2035. Atingir esta meta histórica pode salvar mais 45 milhões de vidas de crianças até 2035, e colocar o mundo mais próximo do objectivo último que é acabar com as mortes evitáveis de crianças.
As projecções mostram que este objectivo pode ser alcançado através do reforço de esforços em 5 áreas prioritárias:
1. Geografia: aumentar os esforços em 24 países onde ocorrem 80% das mortes de crianças menores de cinco anos;
2. Populações mais gravemente afectadas: reforço dos
sistemas de saúde nacionais para aumentar o acesso das populações mais
desprotegidas, e abranger comunidades rurais e com baixos rendimentos;
3. Soluções de grande impacte: combater as cinco causas
responsáveis por quase 60 por cento das mortes de crianças: pneumonia,
diarreia, malária, nascimentos prematuros e as mortes perinatais
4. Educação das raparigas e mulheres: para além dos
programas de saúde, investir na educação das raparigas e autonomização
das mulheres e promover um crescimento económico do que possam
aproveitar
5. Responsabilidade mútua: unir esforços em torno de um
objectivo partilhado utilizando indicadores comuns para acompanhar o
progresso.
NR: Os textos inseridos a seguir a cada foto foram retirados do site da UNICEF
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