05/12/2012

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HOJE NO
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PSD desafia Seguro a seguir exemplo 
de Guterres e fazer "mea culpa"
 em relação ao passado 

O PSD acusou hoje o secretário-geral do PS de ter estado “clandestino" durante os governos de José Sócrates e desafiou-o a seguir o exemplo do seu antecessor António Guterres, assumindo responsabilidades em relação ao passado.

As acusações do dirigente da bancada social-democrata Luís Menezes foram feitas em plenário, na Assembleia da República, e motivaram imediatamente um pedido de defesa da honra por parte do Grupo Parlamentar do PS, com José Junqueiro a alegar que António José Seguro tinha sido alvo de insulto por parte do PSD.

Luís Menezes começou por fazer um discurso a evocar a memória do antigo primeiro-ministro e fundador do PSD, Francisco Sá Carneiro, mas a evolução do debate levou-o a acusar o PS de se "acobardar" perante a projetada reforma do Estado.

"O PS nuns dias diz sim e em outros dias diz não, renegando o seu passado", disse.
Depois, Luís Menezes lançou uma série de ataques diretos ao líder socialista: "Se António José Seguro esteve seis anos calado e sentado na última fila [da bancada do PS], é porque esteve na clandestinidade. Em vez de renegar o passado, António José Seguro deveria fazer um 'mea culpa', como António Guterres, que foi sério", afirmou.
José Junqueiro negou que o PS renegue o passado e devolveu que é o PSD "quem renega o presente por cegueira, já que está a conduzir o país para o abismo".

O vice-presidente da bancada socialista defendeu em seguida a conduta do líder do seu partido, rejeitando que alguma vez Seguro tenha renegado a luta política.
"Aquilo que o PSD fez neste debate, com estes insultos, revela o grande incómodo por António José Seguro ser o líder partidário com melhores índices de popularidade e por o PS estar à frente em todos os estudos de opinião. Mas, senhor deputado Luís Menezes, para isso é necessário insultar o secretário-geral do PS e o PS?", questionou José Junqueiro.

Luís Menezes ripostou, usando a ironia: "Está bem, posso alterar a palavra clandestino e digo antes que António José Seguro foi cúmplice seis anos do anterior Governo. O secretário-geral do PS chegou a esse cargo sem apresentar uma única ideia, mas não chegará a primeiro-ministro sem apresentar uma única proposta", disse.

No seu discurso inicial, antes da dura troca de palavras com José Junqueiro, Luís Menezes sustentou a tese de que os setores que atualmente se encontram "acantonados" contra o Governo são os mesmos que em 1979, quando Francisco Sá Carneiro liderava a AD (Aliança Democrática), caraterizavam como "reacionário e ultraliberal" o programa então em vigor.

Sobre a importância da reforma do Estado, o "vice" da bancada do PSD defendeu que "o Estado não pode continuar a gastar mais do que aquilo que obtém dos impostos dos portugueses".
Na resposta, José Junqueiro traçou qual o limite colocado pelo PS: "Reforma do Estado sim, atraiçoar o Estado social não", declarou.

* Anda tudo louco:
O PSD ESQUECEU-SE:
- Que Cavaco Silva com medo de perder eleções mandou Fernando Nogueira para os cornos do touro para perder por ele.
- Que o patriota Durão Barroso pediu aos portugueses para votarem nele e baldou-se do governo para ir servir de mordomo, muito bem pago, a Merkel e Sarkozy, deixando na berlinda Santana Lopes e Ferreira Leite estupefacta.

O CDS ESQUECEU-SE:
- Que Paulo Portas abominava a classe política até ao dia em que levou ao colo Manuel Monteiro para melhor o apunhalar.
- Que o seu líder  se esconde sorrateiro ao abrigo do MNE e vai espalhando intriga no seio do governo sempre sob a capa de virgem ofendida.

O PS ESQUECEU-SE:
- De todos os cambalachos do governo de Socrates, dos saltos à vara do Armando, dos ex-considerados pedófilos.
- De ter prosápia de esquerda para abocanhar ao centro.

Repare-se que é à esquerda do PS que se revela o espírito de missão dos políticos. Vá-se espreitar, eles deixam, que vida fazem os deputados do PCP, Bloco e Verdes para se perceber a vilanagem dos partidos do "arco da governação".

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