01/12/2012

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HOJE NO
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António Guterres 
reconhece "responsabilidade" 
na situação actual do país 

O antigo primeiro-ministro socialista António Guterres afirmou 6a feira à  noite que todos os que exerceram cargos públicos têm "uma responsabilidade" no estado atual do país, reconhecendo a sua parte na "incapacidade tradicional [de Portugal] para competir" com a Europa.

"Todos aqueles que exerceram funções em Portugal têm uma responsabilidade no facto de nós, até hoje, ainda não termos sido capazes de ultrapassar esses défices tradicionais, essa incapacidade tradicional para competir em plano de verdadeira igualdade com os nossos parceiros, nomeadamente no quadro europeu", afirmou António Guterres, em entrevista à RTP sexta-feira à noite.

"Ainda não fomos capazes - e eu próprio porventura também o não fui - de re-situar o país por forma a pudermos garantir aos nossos cidadãos melhores níveis de emprego e de bem-estar", reconheceu o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.
Interrogado sobre se se arrepende de ter autorizado a compra de submarinos por Portugal, António Guterres disse que não se considera "o grande impulsionador" do negócio, mas admite que aceitou a tese de que "fazia sentido que Portugal devesse renovar os submarinos que tinha".

"As pessoas convenceram-me de que o submarino é a arma que, apesar de tudo, dá maior autonomia ao país, porque enquanto uma fragata ou uma corveta é facilmente detetada e destruída num contexto de conflito, um submarino é uma ameaça onde está e onde não está. E, por isso, se o país é pobre e deve ter marinha, faz sentido que tenha submarinos", explicou.

António Guterres afastou ainda a possibilidade de voltar a ter um papel ativo na política nacional: "Não tenho qualquer intenção de regressar à política portuguesa neste momento", garantiu.
Guterres foi primeiro-ministro de Portugal entre 1995 e 2002, tendo sido eleito pela primeira vez para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados em 2005. Cinco anos depois, foi reeleito para o segundo mandato que está agora a cumprir.

* Parece-nos ser o primeiro 1ºministro português a reconhecer os erros.

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1 comentário:

  1. Valha-nos pelo menos um homem que exerceu funções de 1º ministro reconhecer os seus erros; é significativo!
    Acho também que este cargo que ocupa desde 2005 lhe assenta como uma luva, na minha modesta opinião, tem feito todos os esforços para melhorar a vida daquelas pessoas; os países ricos é que estão cada vez mais preocupados com os seus "umbigos".

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