07/11/2012

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HOJE NO
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Presidente do Banco Alimentar diz 
que não há miséria em Portugal 

A presidente do Banco Alimentar Contra a Fome afirmou que “cá em Portugal não existe miséria”, apesar " de estarmos mais pobres". Estas declarações foram dadas numa entrevista no programa “ Edição da Noite”, da SIC Notícias, onde Isabel Jonet comparou a situação portuguesa com a grega.

 Para Isabel Jonet, “há toda uma concepção de vida e de necessidade permanente de bens e consumo para uma satisfação das pessoas que conduz à felicidade que não é real”, acrescentando ainda que “vivemos de uma maneira idiota. Sou do tempo que lavava os dentes com o copo dos dentes. Os meus filhos lavam os dentes com a água a correr”, exemplifica, considerando que, ao longo do tempo, “perdeu-se a total noção do que é o custo de oportunidade”.

A responsável refere ainda que as prioridades têm sido trocadas. “Ou vamos a um concerto de rock ou vamos tirar uma radiografia”, considerando que “há toda uma faixa de idade que vive acima das possibilidades”
“Se não temos dinheiro para comer bifes todos os dias, não comemos bifes todos os dias. E esse empobrecimento é porque comemos bifes todos os dias e achávamos que podíamos comer bifes todos os dias e não podemos”, realçou.
“Estou a falar de uma determinada camada de população, que tinha previsto viver bem. População essa, jovens, e muitos desempregados, que não vão encontrar lugar no mercado de trabalho e vivem na casa dos pais e que podem ir ao concerto de rock”

A presidente do Banco Alimentar, acredita que “vamos ter que empobrecer muito e aprender a viver mais pobres. Claro que já estamos a empobrecer, mas porque andamos a viver acima das possibilidades”, considerou.

Isabel Jonet defende ainda que é necessário mudar as mentalidades. “Temos de mudar a maneira como olhamos para a organização da sociedade. E temos que pensar que efectivamente cada um de nós tem de fazer um esforço, não olhando para aquilo que vai deixar de ter como um empobrecimento, mas se calhar como uma necessidade de voltar a olhar para aquilo que é o mais básico”, concluiu.

* Assistimos na televisão a este debate e não achámos demais o que ela disse, apesar de não concordarmos quando afirmou que não há miséria em Portugal.
Foi no cavaquismo que se deu a explosão consumista do povo, graças ao dinheiro a rodos que vinha da CEE  gasto perduláriamente em festas e confetis de betão.
Isabel Jonet é uma grande portuguesa, há mais de vinte anos que faz obra numa área em que os sucessivos  governos foram e são azelhas.  
Apreciamos a convicção e seriedade com que fala, mesmo que pontualmente não concordemos com ela.

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1 comentário:

  1. Fez obra. O que não impede que diga asneiras a torto e a direito.

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