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HOJE NO
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Associação da Protecção Civil
diz que alertas de mau tempo
têm de ser levados a sério
A Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil
(ASPROCIVIL) advertiu hoje para a necessidade de as autarquias levarem a
sério os alertas de mau tempo, para serem evitados danos como os
verificados em Silves e Lagoa.
“Na generalidade das situações, para não dizer na totalidade, quando
a ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil) decreta um alerta, pouca
coisa acontece ao nível dos agentes da Proteção Civil”, disse à Lusa o
presidente da ASPROCIVIL, Ricardo Ribeiro.
A associação considera que os alertas de mau tempo deveriam “ter
como consequência direta, por parte dos responsáveis dos Serviços
Municipais de Proteção Civil (SMPC), decisões que potenciassem os
mecanismos de resposta e prontidão” para evitar danos maiores.
“Quais são os SMPC que têm Planos Municipais de Emergência
atualizados?, quais são os que têm técnicos de proteção civil nos seus
quadros?”, questionou Ricardo Ribeiro, acrescentando que esses serviços
“deveriam ser o garante da disposição ou da pré-disposição dos meios
para responderem ao eventual acontecimento para o qual estavam
avisados”.
“Cada vez que a ANPC ou outra autoridade decreta um alerta de vários
níveis, qualquer que ele seja, devem corresponder a determinadas ações e
atitudes por parte dos protagonistas destes setores. Temos que reagir
de acordo com o nível que é decretado e atendendo ao risco ao qual
estamos expostos”, sublinhou.
Ricardo Ribeiro defendeu que os SMPC deviam fazer “um
pré-posicionamento de meios” após os alertas da Autoridade Nacional e
“deveriam fazer avisos às populações sobre comportamentos, atitudes e
medidas de autoproteção que lhes permitisse defenderem-se e
protegerem-se”.
O presidente da ASPROCIVIL admitiu que os ventos fortes registados
sexta-feira em Lagoa e Silves, que provocaram 13 feridos, três deles
graves, “são imprevisíveis e aparecem quase de um momento para o outro”,
mas tinha sido decretado um alerta de mau tempo e “os SMPC não
alteraram a sua vida e a vida das suas populações, nomeadamente até em
termos de informação”.
O dirigente disse que, se houvesse essa informação, exercícios e
simulacros não haveria relatos de pessoas que se magoaram a evacuar
edifícios.
“Houve serviços que foram evacuados de forma pouco correta, até
houve pessoas que se magoaram, porque não se fazem exercícios, não se
treinam comportamentos. Ter um Plano de evacuação de uma câmara e não se
fazer exercícios é o mesmo que não haver”, afirmou.
* Os técnicos estão cheios de razão, a nível local há muito o hábito do improviso.
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