12/11/2012

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Inquérito-crime prejudica 
relações com Portugal 

A abertura de um inquérito-crime contra dirigentes angolanos "prejudica as relações com Portugal", escreve em editorial o estatal 'Jornal de Angola'. 

Em causa está a abertura de uma investigação do Ministério Público português a três altos dirigentes do regime angolano - Manuel Vicente, vice-Presidente de Angola e ex-administrador da petrolífera Sonangol; o general Hélder Vieira Dias, mais conhecido como "Kopelipa", ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos; e Leopoldino Nascimento, consultor do general "Kopelipa" - por suspeitas de crimes económicos, mais concretamente indícios de fraude e branqueamento de capitais.
KOPELIPA

A notícia da abertura do inquérito-crime foi avançada pelo semanário 'Expresso'.
Para o 'Jornal de Angola' "as elites políticas portuguesas odeiam Angola e são a inveja em figura de gente" e o editorial considera que as referidas elites "vivem rodeadas de matilhas que atacam cegamente os políticos angolanos democraticamente eleitos, com maiorias qualificadas".
"Esse banditismo político tem banca em jornais que são referência apenas por fazerem manchetes de notícias falsas ou simplesmente inventadas. E Mário Soares, Pinto Balsemão, Belmiro de Azevedo e outros amplificam o palavreado criminoso de um qualquer Rafael Marques, herdeiro do estilo de Savimbi", lê-se ainda no editorial.

Rafael Marques é um activista angolano cujas declarações em foram o pretexto para a abertura do inquérito-crime referenciado pelo 'Jornal de Angola' e testemunha no processo, confirmou o próprio no dia 11 de Janeiro à Lusa quando o caso se encontrava ainda na fase de averiguação preventiva.
O 'Jornal de Angola' refere-se à procuradora-geral da República de Portugal, Joana Marques Vidal, como fonte da notícia, que classifica como "manchete insultuosa e difamatória", concluindo que "militares angolanos com o estatuto de heróis nacionais e ministros democraticamente eleitos foram igualmente vítimas da inveja e do ódio do banditismo político que impera em Portugal".

"A PGR portuguesa é amplamente citada como a fonte da notícia. A campanha contra Angola partiu do poder ao mais alto nível. Mas como a PGR até agora ficou calada, consente o crime. As relações entre Angola e Portugal são prejudicadas quando se age com tamanha deslealdade", frisa o 'Jornal de Angola'.
Sob o título "Jogos Perigosos", o editorial do único diário de Angola traça ainda um paralelismo entre o que considera ser a inveja de Angola por parte das elites portuguesas e a ingratidão de Portugal para com quem ajuda o país.
"Os invejosos e ingratos para com quem os quer ajudar estão gastos de tanto odiar. Que o diga a chanceler Angela Merkel, que ajudou a salvar Portugal da bancarrota, mas é todos os dias insultada.
MANUEL VICENTE E O AMIGO ARMANDO VARA

Recusam aceitar que foram derrotados depois de alimentarem décadas de rebelião em Angola, de braço dado com as forças do "apartheid" de uma África do Sul zelosa guardiã da humilhação de África", destaca o 'Jornal de Angola'.

O editorial adianta mais à frente que "a cooperação (luso-angolana) é torpedeada quando um ramo mafioso da maçonaria em Portugal, que amamentou Savimbi e acalenta o lixo político que existe entre nós, hoje determina publicamente o sentido das nossas relações, destilando ódio e inveja contra os angolanos de bem".

"Da boca para fora, são sempre amigos de Angola e dos angolanos, da Alemanha e dos alemães. Enchem os bornais de dinheiro, à custa de Angola, comem à custa da Alemanha", acentua. 

* A sabujice dos editores do "Jornal de Angola" é demasiado conhecida e assim não ficamos admirados com tanta obscenidade.
Quando é que o Estado angolano paga as dívidas a Portugal, incluíndo as viagens das madamas que vêm ao cabeleireiro nos aviões da TAP à conta do erário público.

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