16/11/2012

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Investigadas mortes por drogas ilegais

As mortes provocadas pelo consumo de drogas legais, compradas em ‘smartshops’, estão a ser investigadas pelas autoridades de saúde, que já iniciaram um levantamento do número de casos junto dos hospitais.
"LOJA ESPERTA"

Só na Madeira, desde o início do ano, já morreram quatro pessoas devido ao consumo destas substâncias e 150 foram internadas. Segundo o Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência foram detectadas 57 novas drogas desde Janeiro.
“A contabilização e tipificação das mortes está a ser feita. É um problema de saúde pública”, considera João Goulão, presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), referindo-se ao crescente número de jovens que chegam aos hospitais, com surtos psicóticos, ataques de pânico e problemas cardíacos provocados pelo consumo de drogas sintéticas legais.

O levantamento em curso, refere o presidente do IDT, esbarra na dificuldade de estabelecer uma relação entre o consumo de determinada droga e a morte. “Não há ainda um nexo de causalidade, claramente assumido, entre a ingestão de uma determinada droga e a determinada morte. Há estudos forenses em curso, mas não temos essa causalidade”, afirma, dando conta que “é muito complicado perceber quais são as substâncias envolvidas, porque os aparelhos de análises não as conseguem identificar”.

É urgente, diz o especialista, que “as pessoas percebam os riscos associados ao consumo destas substâncias”. “Se alguém for parar a uma urgência de hospital, com uma overdose de heroína, os médicos sabem o que devem fazer. Com estas drogas sintéticas, sobre as quais ainda existe um conhecimento científico muito reduzido, os profissionais de saúde não sabem como agir”, acrescenta. 

* Quem foram os iluminados que autorizaram a abertura destas lojas de morte?

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