16/11/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Estudo: 
Famílias são as mais afectadas pelo Orçamento do Estado, bancos os menos 

O grupo das famílias mais pobres é o mais penalizado pelas medidas do Orçamento do Estado, de acordo com um estudo de opinião da Deloitte. No ano passado, era o segmento que menos sofria. 

Ao contrário do ano passado, as famíliasmais pobres são as mais afectadas pelas medidas integradas na proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, segundo um estudo de opinião realizado pela consultora Deloitte.

61,1% dos entrevistados naquele inquérito apontaram as famílias mais pobres como as mais afectadas pelo documento, onde se inclui a introdução de uma sobretaxa de 4% sobre o rendimento dos trabalhadores e a alteração dos escalões de Imposto sobre Rendimentos de Pessoas Singulares (IRS). As famílias mais pobres correspondem ao grupo que, no estudo que a Deloitte realizou o ano passado sobre o OE para 2012, era apontado como o menos afectado.

Além das famílias mais pobres, mais de metade dos entrevistados (53,6%) indica ainda que tanto a classe média como as famílias, aqui sem distinção de classe, estão entre as que mais vão sentir o efeito da entrada em vigor do Orçamento do Estado. A Deloitte conclui que, com as novas medidas do IRS, 58% dos portugueses inquiridos pensam que o rendimento disponível vai ser afectado “em larga escala” no próximo ano.

Em quatro lugar, depois das famílias e da classe média, aparecem os funcionários públicos, que foram apontados como estando entre os mais prejudicados pelo documento por 18,07% dos entrevistados, acima dos reformados (17,7%). 

No lado oposto aparece a banca. Nenhum dos portugueses ouvidos pela consultora colocou-os como um dos mais penalizados pelo OE. 0,1% dos entrevistados apontou o Estado e as autarquias como sofrendo com o documento, a mesma percentagem que indicou que as grandes empresas estão entre as mais afectadas pela implementação das medidas constantes na proposta do Orçamento do Estado para 2013, cuja aprovação final é a 27 de Novembro.

Dentro das conclusões do estudo de opinião está ainda a de que 59% dos inquiridos consideram que as medidas apresentadas no OE 2013 vai “muito para além do que seria necessário dado o estado da economia”. Por outro lado, 75% pensa que a situação económica do país vai deteriorar-se com a entrada em vigor do documento.

* Os banqueiros serão sempre os menos prejudicados, a promiscuidade com a política traz-lhes vantagens.

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