13/11/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"


Menores presenciam quatro em 
cada dez casos de violência doméstica



Quatro em cada dez ocorrências de violência doméstica participadas à PSP e à GNR foram presenciadas por menores, revela o relatório anual das forças de segurança, com base em quase 30 mil participações deste crime feitas no ano passado.

Em 2011 foram registadas pelas forças de segurança 28.980 participações de violência doméstica, 17.495 das quais pela PSP (60,4%), 11.485 pela GNR (39,6%), o que correspondeu a uma diminuição de 7,2% relativamente a 2010.
Em média, as forças de segurança receberam 2.415 participações por mês, 79 por dia e três por hora, menos uma do que em 2010.
Em 42% dos casos, as ocorrências foram presenciadas por menores, refere o relatório anual de monitorização de ocorrências participadas às forças de segurança publicado no site da Direção-Geral da Administração Interna (DGAI).
Segundo o documento, 26.791 participações foram registadas no Continente (92,4%), 1.238 nos Açores (4,3%) e 951 na Madeira (3,3%).
Lisboa foi o distrito que registou o maior número de participações (6.741), seguindo-se o Porto (6.039), Setúbal (2.282), Aveiro (1.795) e Braga (1.698).
Agosto é o mês em que se registaram mais queixas, mantendo-se a tendência para uma maior proporção de participações à segunda-feira (17%) e uma maior proporção de ocorrências ao fim de semana (34%).
Mais de um terço das participações (34%) foi feito entre as 19 e as 24 horas, seguindo-se o período da tarde (33%), entre as 13 e as 18 horas.
Geralmente as situações tiveram como consequências para a vítima ferimentos ligeiros (48%). Contudo, em cerca de um por cento dos casos os ferimentos resultantes foram graves.
O relatório adianta que, em cerca de 30% dos casos, as forças de segurança entraram no domicílio do denunciado e da vítima.
Em 78% dos casos as ocorrências sucederam numa casa particular e 17% na via pública ou em espaços públicos "fechados".
A violência física esteve presente em 73% das situações, a psicológica em 78%, a sexual em 2%, a económica em 7% e a social em 8,5%.
O documento aponta que 85% das vítimas são mulheres, casadas ou em união de facto (51%), com uma idade média de 40 anos, não dependendo economicamente do denunciado (78%).
Mais de dois terços tinham habilitações literárias iguais ou inferiores ao 9º ano e 24% possuía habilitações ao nível do ensino secundário ou superior.
Metade das vítimas encontrava-se empregada (50%), 22% estavam desempregadas, 12% eram domésticas, 10% eram reformadas/pensionistas e as vítimas estudantes representavam 7%.
Os alegados agressores são homens (88%), casados ou em união de facto (53%), com uma idade média de 41 anos e não dependem economicamente da vítima (86%).
Em quase três quartos dos casos os denunciados possuíam habilitações iguais ou inferiores ao 9º ano (74%) e cerca de 19% possuía habilitações ao nível do ensino secundário ou do ensino superior.
A maioria encontrava-se empregada (62%), 25% estavam desempregados, 9% em situação de reforma, 3% eram estudantes ou domésticos. 


* Continuamos com os machistas serôdios porque a polícia é permissiva na referência dos casos e a justiça é incapaz de castigar com severidade estes criminosos, quase justificando a frase "quanto mais me bates mais gosto de ti".

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