16/10/2012

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HOJE NO 
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

Máfia chinesa utilizava Espanha 
para lavar dinheiro 

As autoridades espanholas detiveram esta terça-feira cerca de 80 pessoas por suspeita de pertencerem a uma rede de branqueamento de capitais. Anualmente, retiravam do país entre 200 a 300 milhões de euros.  

A maioria dos detidos é de nacionalidade chinesa, como o empresário Gao Ping, mas entre os suspeitos encontram-se também o conhecido ator porno Nacho Vidal, 38 anos,, a irmã e o marido desta, e José Borrás Hernández, conselheiro de Segurança do PSOE em Fuenlabrada (Madrid). 

De acordo com a imprensa espanhola, esta rede chinesa, cujo núcleo duro era composto por 15 pessoas, é suspeita de branqueamento de dinheiro, extorsão corrupção de funcionários, prostituição, jogo ilegal, imigração clandestina etráfico de droga.
A Operação Imperador está a cargo do juiz da Audiência Nacional Fernando Andreu e dos serviços Anti-Corrupção. Segundo um comunicado do Ministério do Interior espanhol, as detenções tiveram lugar em todo o país, mas com especial incidência em Madrid e Barcelona.

Esta rede é suspeita de retirar de Espanha, anualmente, entre 200 a 300 milhões de euros em dinheiro vivo, transportado em carrinhas, carros e comboios, para paraísos fiscais. Em quatro anos, terão sido entre 800 a 1200 milhões de euros.
O ator porno terá usado a sua empresa de produção de filmes para emitir faturas falsas. Quanto ao autarca socialista José Borrás Hernández, as autoridades acusam-no de concessão de licenças fraudulentas para a instalação de empresas a troco de uma quantia em dinheiro ainda não apurada.

Um dos principais locais onde a operação se centrou foi precisamente na zona industrial de Cobo Calleja, em Fuenlabrada, nos arredores de Madrid, onde se situa uma das maiores plataformas comerciais de artigos chineses.

A investigação começou há dois anos, quando foram detetados contentores oriundos da China com produtos "vendidos nas lojas "tudo a 100 [pesetas]".
Uma parte dessa mercadoria não era declarada na alfândega, ou seja, não eram pagos os respetivos impostos. O mesmo acontecia aquando da venda desses produtos aos pequenos comerciantes. Essa margem de lucro era enviada para paraísos fiscais.

* O crime organizado chinês faz com que os "malanders" da Camorra  pareçam meninos de coro. São frios, eficazes na morte.

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