23/10/2012

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Obtenção de crédito é o que mais castiga 
. o contexto empresarial em Portugal

Portugal manteve-se na 30º posição do ranking do Banco Mundial que avalia o contexto regulamentar para fazer negócios, atrás da Irlanda e dos países Bálticos, mas 14 lugares à frente de Espanha e 48 da Grécia.

O Banco Mundial divulgou hoje o seu mais recente relatório “Doing Business 2013” no qual avalia, pelo nono ano consecutivo, a evolução do ambiente regulatório para as empresas em 185 países.

Tal como no ano passado, Portugal surge na 30º posição, imediatamente atrás da Áustria e da Suíça, mas à frente de três países que na última edição surgiam melhor classificados (Holanda, Bélgica e França) e a uma distância considerável da vizinha Espanha (44º lugar) e ainda maior da também resgatada Grécia (78º). A Irlanda caiu cinco posições e surge agora no 15ª lugar, atrás do Reino Unido mas à frente de Suécia (13º) e Alemanha (20º). Há três edições consecutivas do Doing Business que Portugal mantém a 30ª posição. Nas edições de 2010 e 2009, o país figurou no 48º lugar.

O ranking permanece neste ano liderado por Singapura, seguido (também sem mexidas nas posições) de Hong Kong, Nova Zelândia, Estados Unidos e Dinamarca. Na cauda, a República Centro Africana trocou de lugar com o Chade, seguindo-se Congo, Eritreia e Venezuela. Não muito longe permanece Angola, em 172º. O Brasil voltou a deslizar: depois de ter perdido seis posições no ano passado, caiu outras quatro neste ano, e está agora no 130º posto.
O Doing Business avalia condições regulamentares em dez áreas do ciclo de vida de uma empresa, designadamente procedimentos (e tempo) exigidos para a sua abertura e fecho, obtenção de licenças de construção, pagamento de impostos, execução de contratos e obtenção de crédito. É precisamente nesta última área que Portugal pior pontua: se fosse este o único critério para dar “nota” ao contexto em que actualm as empresas, Portugal surgiria no 104º lugar. O indicador do Banco Mundial mede o alcance das informações de crédito e a eficiência dos direitos legais (por exemplo, o tipo de garantias que podem ser fornecidas num contrato de empréstimo), não a variação do fluxo de crédito.

Segue-se a obtenção de licenças de construção (78º posto) e pagamento de impostos (77º). As melhores classificações relativas vão para o comércio transfronteiriço (17ª posição)m execução de contratos (22ª) e resolução de insolvências (23ª). A abertura de empresas pontua pior do que a média do país (31ª). 

No ano passado, a iniciativa “Empresa na Hora”, que centralizou os procedimentos para as empresas num balcão único, foi muito elogia pelo BM, segundo o qual teria levado a um “aumento de 17% no registo de novas empresas e à criação de sete novos postos de trabalho para cada 100 mil habitantes em comparação com as economias que não implementaram esta reforma”.

* A nós que entendemos pouco das varáveis utilizadas nesta avaliação surpreende-nos este 30º lugar dum país onde a burocracia, a tartaruga da justoiça e a corrupção são realidades do quotidiano. Inteligências...

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