08/10/2012

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HOJE NO
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Suspenso o maçon que escreveu 
carta a pedir expulsão de Relvas 

Escrito num computador pessoal, o documento foi enviado ao grão-mestre a partir de um cibercafé 

O rasto informático de uma carta que um funcionário da RTP, membro de uma loja da maçonaria, enviou ao grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), Fernando Lima – onde se lhe pedia que expulsasse Miguel Relvas da loja maçónica – foi a forma encontrada para chegar à identidade do autor do documento, segundo revelava ontem o jornal “Sol”. Após ter sido descoberto, o maçon em causa foi suspenso mas, segundo o “DN”, já recorreu da decisão.

O funcionário da RTP é membro de longa data da loja Liberdade Livre. Terá escrito a carta no seu computador pessoal e, em seguida, enviou-a por e-mail, a partir de um cibercafé, para o endereço do grão-mestre do GOL. O maçon optou por referir a origem da carta como tendo partido de uma outra loja – a Pátria, que, segundo fontes ouvidas pelo semanário, existe de forma secreta no seio do GOL. Esse terá sido um dos factores que esteve na base da sua suspensão naquela loja. “Mesmo as lojas ‘a coberto’ têm sempre de ser do conhecimento do grão-mestre”, refere o jornal, citando fonte do GOL. A mesma fonte diz que, a existir, a loja terá violado os princípios de obediência a que estão sujeitas as diferentes lojas.
No documento, o autor tecia várias críticas ao ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares e pedia, em última análise, que o responsável político – que tem em mãos o processo de alienação da estação pública de televisão – fosse expulso da loja. As responsabilidades de Miguel Relvas no processo da RTP são, de resto, vistas como a razão que levou ao envio da carta de “vingança” para o grão-mestre.

Segundo o mesmo jornal, até ao momento nenhum “irmão” da loja Liberdade Livre, de que é responsável máximo o cantor Vitorino – pediu a Fernando Lima qualquer explicação ou contestou sequer a suspensão do funcionário da RTP.
Entretanto, o caso do maçon suspenso foi enviado para o conservador de Justiça – o equivalente maçon a um procurador – que ficará responsável por deduzir a acusação contra o “irmão” de longa data. O processo deverá ser, a partir daí, julgado num tribunal maçónico.
Esta não é a primeira vez que o nome de Miguel Relvas e as referências à maçonaria se cruzam em processos polémicos. Já no caso da licenciatura do ministro pela Universidade Lusófona, Miguel Relvas foi apontado como sendo “irmão” de Manuel Damásio, o presidente da instituição que lhe garantiu um grau académico com recurso a equivalências. Relvas garantiu o curso com a frequência de apenas quatro cadeiras, ao longo de um ano, e da atribuição de equivalências às restantes.

* O funcionário da RTP anda a ver passar os comboios, "atão" alguma vez o pedido dele, mesmo que não fosse anónimo, teria o resultado desejado contra o "arrelvado" ministro.
Falta saber se bastou a Relvas comprar o avental para lhe darem equivalência a "guarda do templo"

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