12/10/2012

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Restaurantes ponderam fechar 
casas de banho em protesto

Fechar as casas de banho dos restaurantes e cafés vai ser uma das formas de protesto que o sector vai discutir em plenário na próxima semana. 

 "A situação é de desespero. Todas as formas de luta estão em cima da mesa: encerramos um dia, fechamos as casas de banho, penduramo-nos no arco da rua Augusta... o que for decidido será feito", disse o secretário-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal AHRESP, José Manuel Esteves, à Lusa.

Na quinta-feira foi conhecida a versão preliminar da proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano, não tendo ficado prevista qualquer alteração na taxa de IVA, actualmente no valor máximo de 23%, que ameaça a sobrevivência do sector, segundo a AHRESP.
 A reunião do conselho nacional da associação vai ter lugar na próxima semana ou o mais tardar no início da semana seguinte, segundo José Manuel Esteves, para discutir com os associados formas de luta, pelo facto de não se prever qualquer alteração da taxa de IVA aplicada ao sector no próximo ano.

"Em Novembro é pago o terceiro trimestre de IVA, mas as microempresas não o vão liquidar porque não têm dinheiro, e aí o ministro das Finanças [Vítor Gaspar] vai aperceber-se do massacre que anda a fazer", afirmou aquele responsável.
A AHRESP diz que no pagamento do segundo trimestre do IVA este ano, as microempresas do sector tiveram que pedir empréstimos para o fazer, mas neste momento não há mais património para empenhar: "Agora vamos assistir ao não pagamento do imposto ao Estado, ao encerrar de empresas e ao desemprego de trabalhadores", afirmou o secretário-geral da AHRESP.

Os empresários do sector preparam-se ainda para no próximo dia 24 "encher" as galerias da Assembleia da República na discussão da petição sobre o IVA promovida pela associação.

"Vamos todos de gravata preta porque isto é o nosso enterro", disse, acrescentando que os associados da AHRESP chegaram "ao limite da saturação, paciência e da resistência física, económica e social".
"Temos casos gravíssimos. De pessoas desesperadas. A partir de agora, não aceitamos mais que haja um Governo cego e mudo. Vamos exigir que o Governo assuma a responsabilidade pelo mau orçamento que está a fazer", concluiu.

* Nem duvidamos da justeza da luta dos empresários da restauração mas impedir os clientes de fazer a mijinha, francamente....

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