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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
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Campanha de redução
do desperdício de alimentos
Vários super e hipermercados lançam hoje uma campanha para incentivar os consumidores a evitar o desperdício de alimentos, que em grande parte tem origem nas casas de cada um, divulgou a associação do setor.
A Associação das
Empresas de Distribuição (APED) explica que a campanha "Redução do
Desperdício Alimentar", a decorrer até final de outubro em lojas de
alguns dos seus associados, pretende sensibilizar para a importância de
diminuir as quantidades de alimentos que acabam no lixo.
Além de
poder tornar-se um problema ambiental, com o depósito em lixeiras e
transformação em gases com efeito de estufa, o desperdício alimentar
também é apontado por especialistas como inaceitável quando se começam a
enfrentar problemas para conseguir alimentar a população mundial em
crescimento.
Os clientes dos super e hipermercados aderentes à
campanha encontram informação sobre como seguir condições de utilização
eficiente e de armazenamento dos alimentos, como realizar um rigoroso
planeamento das compras e como conseguir uma melhor compreensão das
datas na rotulagem.
Ajustar as doses cozinhadas e servidas às
necessidades de cada um, ter cuidado com os prazos de validade, ao
guardar as compras, ou utilizar as sobras das refeições são alguns dos
conselhos da campanha que tem a parceria da Agência Portuguesa do
Ambiente.
Esta ação de sensibilização decorre nas lojas Continente, El Corte Inglés, Jumbo e Pão de Açúcar, Novo Horizonte e Pingo Doce.
Um
estudo da Comissão Europeia citado pela APED estima que cada consumidor
doméstico seja responsável pela produção anual de 76 quilogramas de
resíduos alimentares.
O consumidor doméstico produz cerca de 42%
do desperdício alimentar global, grande parte do qual poderia ser
evitado, acrescenta.
E as estimativas referem que este tipo de
lixo causa 45% das emissões anuais de gases de efeito de estufa,
responsáveis pelas alterações climáticas.
A APED recorda ainda
que, no ano passado, as empresas suas associadas doaram 9,2 milhões de
euros em alimentos a instituições de solidariedade.
* A redução do desperdício começa em casa é um facto, mas se as grandes distribuidoras querem verdadeiramente ajudar devem colocar a mercadoria de maneira a que não propície o consumismo.
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